
Na última década, os fabricantes melhoraram a composição dos cereais de pequeno-almoço para crianças, reduzindo a quantidade de sal, açúcar e gordura. "Este esforço tem de continuar, porque a composição nutricional global dos 20 cereais de chocolate testados não passa da mediania. O grande responsável por esta classificação é o açúcar: todas as marcas testadas apresentam uma quantidade elevada", avisa a DECO em comunicado.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os açúcares adicionados devem representar no máximo 10% das calorias diárias. Assim, uma criança de 10 anos, que precisa em média de 1900 calorias diárias, não deveria ingerir mais de 50 gramas açúcar. Se, ao pequeno-almoço, esta criança consumir nove gramas, valor médio por cada dose dos cereais testados, obtém um quinto da quantidade máxima de açúcar recomendada. "A margem de manobra para o dia fica muito reduzida", avisa a associação.
"O excesso de açúcar, convém não esquecer, está associado ao desenvolvimento de doenças como obesidade e diabetes, cada vez mais frequentes também entre os mais novos", alerta a DECO.
"Os cereais de pequeno-almoço só devem entrar na ementa infantil ocasionalmente. Na altura da compra, compare os valores nutricionais por 100 gramas e escolha os que contenham menos sal, gordura e açúcar", sugere a associação que recorda que a primeira refeição do dia, por norma, deverá incluir pão, leite e, se possível, fruta.
Parece-lhe monótono e difícil de implementar? Há outras soluções, segundo a DECO:
- Duas colheres de sopa de frutos secos com iogurte sem açúcar e uma rodela de abacaxi;
- Três colheres de sopa de muesli com iogurte natural, um iogurte e 10 morangos;
- Uma fatia de broa com manteiga e um copo de sumo de laranja.
"Não dá muito mais trabalho e é mais saudável do que os cereais. Insista com os mais novos na importância de uma alimentação saudável. É de pequenino que se ganham hábitos para a vida", conclui a DECO.
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