7 de junho de 2013 - 16h08
O coordenador do Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral garantiu hoje que os cuidados prestados aos beneficiários do cheque-dentista serão os mesmos, apesar do valor pago aos médicos dentistas ter diminuído cinco euros.
Segundo um despacho hoje publicado em Diário da República, o Governo baixou o valor de cada cheque-dentista de 40 para 35 euros.
“A atual conjuntura económico-financeira implica a realização de esforços, que devem ser repartidos por todos. É, pois, diminuído o valor do cheque-dentista, por um lado, sem diminuição do acesso e cobertura da população, e, por outro, com reforço da cobertura dos jovens de 15 anos completos”, justifica o despacho assinado pelo secretário de Estado Adjunto do ministro da Saúde.
Em declarações à agência Lusa, Rui Calado sublinhou que, com o mesmo valor, irão ser atribuídos mais 50 mil cheques-dentista, nomeadamente às crianças com 15 anos.
Com este “aumento da eficiência”, os beneficiários irão receber precisamente os mesmos tratamentos, cabendo aos médicos dentistas o esforço de tratar por menos dinheiro.
“Não faz sentido todos participarem no esforço e ganharem menos dinheiro e os dentistas ficarem de fora”, avançou.
Até agora, o programa abrangia crianças em idade escolar até aos 13 anos, que só no ano passado beneficiaram de 300 mil cheques-dentista.
Além das crianças, em 2012, o programa permitiu dar cheques a cerca de 100 mil grávidas, idosos com complemento solidário e doentes com VIH/Sida. O orçamento do programa em 2013 é de 16 milhões de euros, o mesmo do que no ano anterior.
O cheque-dentista é atribuído às crianças em meio escolar da rede pública e de instituições de solidariedade social com sete, dez, 13 e 15 anos.
São igualmente beneficiários as grávidas seguidas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), os idosos com complemento solidário e os doentes com VIH/Sida.
Lusa