"O senhor queimou a credibilidade do seu Governo em duas áreas essenciais: a saúde e a educação", afirmou Assunção Cristas no debate quinzenal com o primeiro-ministro, no parlamento.

Na educação, a líder centrista argumentou que o "Governo falhou com alunos, pais e professores".

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"O ministro que afirmou no Orçamento do Estado, e cito, que ia defender radicalmente os professores, é o mesmo ministro que agora não foi capaz de dialogar e encontrar uma solução, é o mesmo que fechou a porta a qualquer diálogo, pondo em risco os exames nacionais de acesso ao ensino superior. O que vai fazer agora? Vai abandonar os professores e deixar os alunos em risco ou vai passar por cima do ministro e encontrar outro negociador?", questionou.

Os resultados contrastam com os seus rankings

Na saúde, Assunção Cristas apontou "falhas constantes aos utentes e aos profissionais, listas de espera crescentes em consultas e cirurgias" e "serviços a fechar por falta de enfermeiros e médicos", além de "profissionais exauridos com horas extra e com falta de colegas qualificados com quem partilhar o trabalho".

Na interpelação ao primeiro-ministro, a líder do CDS-PP abordou diversos temas, recusando uma redução das verbas para Portugal na Política Agrícola Comum (PAC), e apontando para a descida de lugares do país nos índices internacionais de negócios, como o "Doing Business", do Banco Mundial, ou o ‘ranking’ do Fórum Económico Mundial.

O primeiro-ministro contrapôs que "o investimento privado aumentou, o investimento direto estrangeiro aumentou, o crescimento económico aumentou" e o défice baixou.

"Os resultados contrastam com os seus ‘rankings'", defendeu.

Assunção Cristas insistiu que "os dados são objetivos" e "é objetivo dizer que Portugal cresceu, é verdade, mas bem menos do que a média da OCDE, como bem menos do que a média da União Europeia".

"Países como Letónia, Polónia, Eslovénia, Hungria, República Checa, Estónia, Lituânia, Áustria, Suécia, Holanda, Finlândia, Espanha, Grécia, Alemanha e França, todos cresceram mais do que Portugal em 2017. Estes são os dados que nos preocupam porque nós temos de crescer ainda mais do que os outros", sustentou.