A COVID-19 foi detetada no fim do ano passado nesta cidade de 11 milhões de habitantes do centro da China, que foi colocada em quarentena durante 76 dias a partir de de janeiro de 2020.
De acordo com testes serológicos realizados em abril, após o pico da epidemia, 4,43% dos habitantes de Wuhan tinham anticorpos, o que significa que o organismo reagiu à presença do vírus.
Isto significa que, em proporção à população de Wuhan, quase 480.000 pessoas foram contaminadas, ou seja, 10 vezes mais do que o balanço de 50.000 casos divulgado até ao momento pelas autoridades.
A diferença deve-se talvez a uma "subestimação dos casos durante o caos entre o fim de janeiro e o início de fevereiro, quando muitas pessoas não foram submetidas a testes, ou porque estes não eram confiáveis", disse Huang Yanzhong, especialista de saúde pública do Council on Foreign Relations, um centro de estudos americano.
Wuhan é a cidade mais afetada da China pelo vírus, que deixou em todo o país 4.634 mortos, segundo o balanço oficial, sendo quase 4.000 nesta localidade.
A última morte registada por COVID-19 na China foi comunicada em maio, quando o vírus já se tinha propagado a todo o mundo.
A pandemia de COVID-19 provocou pelo menos 1.775.272 mortos resultantes de mais de 81,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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