A agência Lusa questionou hoje a ‘task force’ para o plano de vacinação sobre se já começaram a chamar as pessoas para receber a segunda dose desta vacina, depois de a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, ter anunciado na quinta-feira que iam iniciar a convocação destas pessoas devido ao encurtamento do intervalo entre as duas tomas de 12 para oito semanas.
Em resposta, a fonte afirmou por escrito que “o plano de vacinação está a ser adaptado de forma a cumprir com o intervalo entre doses recomendado” na norma divulgada na quinta-feira pela Direção-Geral da Saúde.
Como tal, adiantou, “as pessoas que tomaram a primeira dose da vacina AstraZeneca deverão aguardar pela receção de um SMS ou telefonema de agendamento da segunda dose”.
A atualização da norma nº 003/2021 da DGS altera o período de intervalo entre doses da vacina Vaxzevria, conhecida como Astrazeneca.
Com esta alteração, o período entre doses passa de 12 semanas para um período de oito a 12 semanas, sendo atualmente recomendado o intervalo de oito semanas, de forma a garantir a mais rápida proteção conferida pelo esquema vacinal completo de Vaxzevria, perante a transmissão de novas variantes, refere a ‘task force’ na resposta escrita enviada à Lusa.
“O plano de vacinação contra a COVID-19 encontra-se em permanente atualização e adaptação de forma a maximizar a eficiência do processo, mas cumprido sempre com as normas e orientações da DGS”, sublinha.
Na terça-feira, o vice-presidente da Comissão Europeia para vacinação, Margaritis Schina, reafirmou em entrevista à RTP que 14 de julho será a data em que a Europa pode alcançar a imunidade de grupo.
Questionada se acha esta meta possível, a ‘task force’ afirmou que “o conceito de imunidade de grupo é um conceito mais complexo e que tem a ver com outros fatores para além da vacinação”.
“Neste caso, a ‘task force’ apenas se poderá pronunciar sobre o objetivo de alcançar 70% da população portuguesa vacinada. Esta meta, que à data de hoje se estima que possa vir a ser alcançada em início de agosto, tem sempre de ser revista e atualizada em função da disponibilidade de vacinas”, salientou.
Segundo o último relatório da DGS, mais de 4,3 milhões de pessoas em Portugal já receberam a primeira dose da vacina, o equivalente a 42% da população, e quase 2,6 milhões (25%) têm a vacinação completa.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, já morreram em Portugal 17.061 pessoas dos 862.926 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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