“Mesmo que já autorizados, os congressos, 'workshops', seminários ou outros eventos públicos científicos ou culturais em espaços da UAc, incluindo eventos organizados por associações estudantis, tunas e núcleos, assim como eventos promovidos por entidades externas à UAc, são adiados por tempo indeterminado ou cancelados”, lê-se na página oficial da academia.

A instituição de ensino superior dos Açores, que já tinha implementado um plano de contingência sobre o COVID-19, esclarece que, “dada a rápida progressão" do surto, atualizou o documento, que se aplica “a toda a comunidade académica, assim como convidados e visitantes de espaços da instituição”.

A atualização, publicada na página da instituição, determina também que "é proibido o ingresso e a entrada nas residências universitárias de qualquer estudante, ou de outra pessoa, que se desloque para os Açores provindo de outros países/regiões, incluindo Portugal continental, sem que tenha cumprido o período de quarentena de 14 dias fora das instalações da UAc, cabendo tal monitorização ao Serviço de Ação Social Escolar".

Todas as estruturas universitárias que tenham previsto receber nas instalações da UAc pessoas provenientes de outros países/regiões devem desincentivar as deslocações nesta data e, não podendo evitá-las, devem remeter ao Centro de Resposta a Emergências (CRE) da universidade, com a devida antecedência, a informação relativa a cada pessoa e informar os viajantes de que ficarão sujeitos a um período de quarentena.

Independentemente dos motivos, todos os membros da comunidade académica que se encontrem fora da região, ou numa ilha com casos de COVID-19 confirmados, ao regressar ao arquipélago e/ou ilha de origem "obrigam-se a contactar o CRE antes de se apresentar presencialmente na UAc".

É ainda desaconselhada a deslocação em férias, ou por outros motivos particulares, dos membros da comunidade académica para países/regiões/ilhas com casos de COVID-19 confirmados, incluindo o continente, "o que, a verificar-se, deve ser previamente comunicado ao CRE".

A atualização do plano estabelece que, "no caso de provas públicas para a obtenção de graus académicos cujos júris integrem membros externos, estes devem participar obrigatoriamente por videoconferência, salvo autorização expressa em sentido contrário".

A reitoria tem em curso um plano de ação complementar para adotar medidas de trabalho remoto ao nível das diferentes estruturas universitárias.

"Em vários países do mundo, por razões relacionadas com o aparecimento de casos suspeitos ou confirmados, está a registar-se o encerramento de instituições públicas e privadas. Esta situação já se observa, inclusivamente, em Portugal continental, onde começam a encerrar universidades, escolas e outros serviços", sublinha a Universidade açoriana, que distribuída por três polos que funcionam nas ilhas de São Miguel, Terceira e Faial.

A epidemia de COVID-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 3.800 mortos.

Cerca de 110 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países e mais de 62 mil recuperaram.

Portugal regista 30 casos confirmados de infeção, segundo o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgado no domingo. Todos os infetados, 18 homens e 12 mulheres, estão hospitalizados.

A Direção-Geral de Saúde comunicou também que 447 pessoas estão sob vigilância por contactos com infetados.