"É garantidamente um surto controlado", disse António Lacerda Sales, precisando que, atualmente, há 14 técnicos de emergência pré-hospitalar e dois médicos com infeções pelo vírus que provoca a doença covid-19 confirmadas.

Aguardam-se ainda os resultados dos testes a cinco técnicos de emergência pré-hospitalar, indicou, frisando que "muitos" dos profissionais "nem sequer foram [infetados] em contexto de trabalho".

O secretário de Estado disse que não haverá "nenhum problema" se houver necessidade de desinfetar o CODU de Lisboa, porque há um total de quatro CODU.

Por isso, será possível, "de uma forma supletiva e complementar", utilizar os outros três "durante uma ou duas horas de desinfeção" do CODU de Lisboa, explicou.

António Lacerda Sales falava aos jornalistas na Base Aérea n.º 11, em Beja, onde, acompanhado pelo secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Jorge Seguro Sanches, visitou um centro de acolhimento para infetados com o vírus da covid-19.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde fez questão de reiterar "mais uma vez" o seu agradecimento "ao inexcedível e inestimável contributo" que as Forças Armadas têm dado no processo de combate à pandemia de covid-19.

"Estamos, de facto, muito gratos", porque as Forças Armadas "prestaram um grande serviço ao país e continuarão com certeza a prestar" e os portugueses "contam sempre com a colaboração e com a ajuda das Forças Armadas", frisou.

O Instituto Nacional de Emergência Médica divulgou na quinta-feira que tem 18 profissionais infetados com o vírus da covid-19, 39 em isolamento profilático e 16 sob vigilância da sua Comissão de Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos (CCIRA), sendo o registo mais elevado desde o início da pandemia.

O INEM revelou também que, na última semana, registou-se um "aumento do trabalho das equipas do Centro de Apoio Psicológico e Intervenção em Crise (CAPIC) dedicadas ao acompanhamento dos profissionais do INEM", que fizeram um total de 361 intervenções desde o início da pandemia, em março.