O país vai começar a admitir viajantes de Macau e Hong Kong sem os colocar em quarentena, embora a medida não seja recíproca, disseram responsáveis locais citados pelo jornal South China Morning Post (SCMP).

A admissão unilateral de visitantes de Macau e Hong Kong, a partir de 26 de agosto, sem quarentena, faz parte de um esquema já alargado à China, a Taiwan e à Nova Zelândia.

Já os cidadãos de Singapura, residentes permanentes e titulares de vistos de residência de longa duração provenientes de Hong Kong e Macau terão acesso, a partir de sábado, a este esquema.

Os viajantes das duas regiões especiais chinesas vão precisar apenas de um resultado negativo de um teste à covid-19 e não terão de estar vacinados, acrescentou o diário.

No regresso aos respetivos territórios vão precisar de cumprir quarentena, de 21 dias, indicaram as mesmas fontes. Esta semana, as autoridades sanitárias de Macau reiteraram não existir qualquer previsão para levantar a proibição de entrada de estrangeiros ou de redução do período de quarentena (21 dias) para quem chega de zonas consideradas de alto risco.

Depois de duas tentativas falhadas de lançaram uma “bolha de viagem” entre Singapura e Hong Kong, o o ministro dos Transportes de Singapura, S. Iswaran, indicou que as discussões não iriam ser retomadas, uma vez que os dois lados “não serão capazes de lançar ou sustentar a ‘bolha de viagem'” nesta altura.

As autoridades de Singapura anunciaram também o lançamento de viagens para vacinados com a Alemanha e o Brunei, a partir de 08 de setembro.

Os viajantes vacinados que chegam a Singapura provenientes destes dois países estarão isentos de quarentena obrigatória e se o teste à covid-19 for negativo à chegada vão poder circular pela ilha, desde o primeiro dia.

Os viajantes deverão fazer um teste antes de partir e também no terceiro e sétimo dia da estada em Singapura.

Esta medida é também unilateral e a obrigatoriedade de quarentena no regresso dependerá dos protocolos em vigor nos dois países, o que significa que as medidas de saúde pública podem mudar dependendo da avaliação da Alemanha sobre a situação de covid-19 em Singapura, referiu o SCMP.

As fronteiras de Singapura estão fechadas desde 24 de março do ano passado.

“Se estes esquemas forem bem sucedidos sem causar um aumento do número de casos graves ou mortalidade, podemos gradualmente alargar o esquema a outros destinos”, disse o Ministro do Comércio, Gan Kim Yong, também copresidente da ‘taskforce’ local para a covid-19.

Até quarta-feira, 77% dos 5,7 milhões de habitantes de Singapura estavam totalmente vacinados e 82% tinham recebido pelo menos uma dose.

Em maio, as autoridades da ilha tinham declarado que pretendiam fazer uma transição para viver com a covid-19 como uma doença endémica.

Desde o início da pandemia de covid-19, Singapura registou 66.334 casos e 46 mortos, Hong Kong 12.048 casos e 212 mortes e Macau apenas 63 casos.

A covid-19 provocou pelo menos 4.392.364mortes em todo o mundo, entre mais de 209,2 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.