"O facto de serem destacados enfermeiros do SNS para Reguengos de Monsaraz não se pode prolongar no tempo, pois não é a solução que estas instituições precisam. A solução é contratarem pessoal", advertiu a Direção Regional do Alentejo do SEP, em comunicado.

No âmbito da pandemia de covid-19, assinalou o sindicato, a Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva, proprietária do lar em Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora, assim como as restantes instituições, estão "legalmente obrigadas a ter planos de contingência".

"Esses planos devem enquadrar medidas sobre recursos humanos para eventuais situações de agudização das necessidades de resposta que exijam mais profissionais, como a que se está a verificar", sublinhou o SEP do Alentejo.

Este foco de covid-19 surgiu, no dia 18 de junho, no lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS), contabilizando, até hoje, oito mortes (sete utentes e uma funcionária do lar) e 142 casos ativos.

O sindicado dos enfermeiros insistiu que os lares "têm de ter no seu mapa de pessoal o número de enfermeiros adequado para o seu funcionamento", assim como também para "situações mais complexas, como é o caso da pandemia".

"Não basta acolher os utentes. É preciso exigir e responsabilizar estas instituições quando não garantem o número de enfermeiros adequado. Os utentes destas instituições têm o direito a serem bem cuidados, com ou sem pandemia", concluiu.

O concelho de Reguengos de Monsaraz regista o maior surto da doença provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2 do Alentejo, contabilizando, até hoje, oito mortes (sete utentes e uma funcionária do lar) e 142 casos ativos.

Portugal contabiliza pelo menos 1.587 mortos associados à covid-19 em 42.782 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).