iEm comunicado, o sindicato considera que as unidades especializadas para apoio a estes alunos têm sido deixadas numa situação de “total abandono”, por parte do Ministério da Educação” durante a pandemia da covid-19 e relata a falta de condições Centros de Apoio à Aprendizagem (CAA), onde estas unidades estão integradas.
“De acordo com os docentes que integram as unidades especializadas para apoio a alunos com deficiência, as salas onde lecionam são locais com elevado risco de contágio, onde não é possível assegurar o distanciamento social”, lê-se no comunicado.
Além do distanciamento físico, o SIPE descreve ainda espaços fechados, com aquecimento, onde os alunos passam muito tempo e “tocam em vários objetos de forma continua e indiscriminada, colocam os objetos na boca e facilmente os espalham por diferentes superfícies”.
“Nestes locais são prestados cuidados de grande proximidade durante os momentos de terapias, é feita a higiene dos alunos, assegurada a alimentação e, em certos casos, são prestados cuidados de saúde”, acrescentam.
Perante este cenário, e numa altura em que o país vive a pior fase da pandemia, os representantes dos professores e educadores falam num sentimento comum entre os profissionais de abandono por parte da tutela.
No entender do sindicato, o Ministério da Educação tem manifestado “ser pouco conhecedor da realidade em que trabalham estes profissionais que, embora considerados essenciais, não estão devidamente protegidos no seu dia a dia”.
“Dadas as características e vulnerabilidades dos alunos que frequentam as unidades especializadas dos CAA e o tipo de apoio e cuidados prestados, um caso de covid-19 nestes locais facilmente levará a um surto”, alertam, exigindo o reforço da segurança nestas estruturas.
Entre as medidas exigidas, o SIPE quer mais equipamentos de proteção individual para os docentes e técnicos e pede que estes profissionais sejam incluídos nos grupos prioritários da vacinação contra a covid-19.
No domingo, Portugal registou 204 mortes relacionadas com a covid-19 e 3.508 casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
Desde março de 2020, o país já registou 14.158 mortes associadas à covid-19 e 765.414 casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2.
A pandemia de covid-19 provocou, desde março de 2020, 14.158 mortos, resultantes de 765.414 casos de infeção.
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