Em declarações à agência Lusa, o dirigente sindical João Proença afirmou que a administração do Serviço de Assistência Médico-Social do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SAMS) confirmou hoje o encerramento de todos os serviços, incluindo o hospital, a única instalação que ainda estava aberta depois de casos de contágio de trabalhadores com Covid-19.
Neste momento, há “13 trabalhadores infetados, alguns em estado crítico”, referiu João Proença, afirmando que tal se deve à “incúria e irresponsabilidade” da administração, que não colocou em quarentena todas as pessoas que entraram em contacto com médicos do serviço de medicina interna que ficaram infetados no passado dia 16.
O SAMS anunciou no dia 21 de março que só o seu hospital, em Lisboa, estava em atividade e apenas para assistir as 26 pessoas que estavam internadas, garantindo que todos os profissionais estavam a cumprir as orientações da Direção Geral da Saúde (DGS) para evitar o contágio.
O atendimento permanente do hospital, centro clínico e clínicas tinha sido suspenso em 19 de março, as consultas e exames em 16 e toda a atividade programada no dia 13.
“Não respeitaram as orientações da DGS e mantiveram o hospital aberto sem dar segurança aos profissionais e aos doentes”, acusou o sindicalista.
João Proença salientou que o Mais Sindicato, afeto à UGT, e que é responsável pelo SAMS, “comportou-se sempre como uma entidade patronal”, recusando sempre “nos últimos dez anos negociar num acordo de empresa” e que “aproveitou a oportunidade com esta desgraça para um despedimento coletivo” que afetará cerca de “1.500 trabalhadores”.
Segundo o SMZS, a administração do SAMS, que hoje se reuniu com o sindicato, comunicou “o recurso ao regime de ‘lay-off’ simplificado para todos os seus trabalhadores, por período de um mês, com possibilidade de renovação”.
O sindicalista garantiu que o SMZS vai recorrer à Justiça para combater a decisão hoje tomada pelo SAMS.
A agência Lusa contactou a administração do SAMS e aguarda resposta.
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