“Nas últimas 24 horas, 6.635 casos foram detetados em 85 regiões do país, incluindo 1.673 pessoas (25,2%) sem sintomas clínicos”, informou hoje o gabinete de crise que administra a emergência sanitária no país.

O total de mortes na Rússia é de 11.017.

A representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) no país, Melita Vujnovic, advertiu hoje que a segunda vaga da COVID-19 pode chegar à Rússia “amanhã (sábado) mesmo” caso todos se relaxem e não cumpram as recomendações de saúde, como o uso de máscara.

“Estou muito triste, porque a situação no início estava a ir bem e os casos estavam a descer, mas houve um surto”, afirmou Vujnovic, citada pela agência RIA Novosti.

Vujnovic sublinhou que há muita diferença na situação epidémica entre as diferentes regiões russas e que “até Moscovo registou cerca de 600 casos (diários) durante mais de uma semana”, lamentou.

No último dia, a capital russa somou 637 novos casos do novo coronavírus, quase mais 70 do que no dia anterior.

Ao mesmo tempo, os novos casos da COVID-19 na capital mostraram uma tendência de queda nas últimas semanas, razão pela qual as autoridades moscovitas anunciaram na quinta-feira uma nova etapa de relaxamento das restrições, que vai entrar em vigor na segunda-feira.

Segundo dados oficiais, os casos diários da COVID-19 em Moscovo caíram para metade nas últimas duas semanas, em comparação com as duas semanas anteriores.

A pandemia de COVID-19 já provocou 555 mil mortos e infetou mais de 12,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.