Nos últimos dois dias tinha sido registada uma desaceleração no número de mortes provocadas pelo novo coronavírus, com aumentos de 413 no domingo e 360 na segunda-feira, os mais baixos desde o final de março.
Porém, o diretor-geral da Saúde de Inglaterra, Chris Witty, alertou para o risco de uma "queda artificial” devido à demora no registo dos óbitos durante o fim de semana, antecipando um novo aumento no resto da semana.
Os números das mortes referem-se a óbitos registados apenas em hospitais até às 17:00 da véspera e são compilados a partir de dados das direções regionais de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.
Mas dados publicados hoje pelo instituto de estatísticas britânico (ONS) indica que um terço do total das mortes atribuídas à pandemia de COVID-19 no Reino Unido estão a ocorrer foram dos hospitais, em particular em lares de idosos.
A informação do ONS relativa à semana entre 11 e 17 de abril indica que naquela semana registaram-se cerca de duas mil mortes em lares de terceira idade, o dobro da semana anterior.
E o regulador Comissão de Qualidade dos Cuidados (CQC), que tem dados mais atualizados, estima que na semana seguinte, até 24 de abril, foram registadas mais 2.375 mortes, somando 4.343 mortes em lares de idosos entre 10 e 24 de abril.
Na conferência de imprensa diária do governo, o ministro da Saúde adiantou que, a partir de quarta-feira, o balanço diário vai incluir os dados sobre a morte de pessoas infetadas fora dos hospitais para “ajudar a perceber como é que este vírus está a espalhar-se todos os dias e a informar as decisões que tomarmos para manter as pessoas seguras”.
Na conferência de imprensa, Matt Hancock disse que o número de casos de contágio subiu para 161.145, mais 3.996 do que na segunda-feira e acrescentou que atualmente estão hospitalizados 17.796 pacientes com a COVID-19.
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