Esta posição foi transmitida pela ex-secretária de Estado socialista no início do debate do projeto de decreto presidencial para a renovação do estado de emergência por novo período de 15 dias, até ao final deste mês.
Na sua intervenção, Susana Amador referiu que o país dispõe agora de "aliados preciosos e determinantes para o controlo da doença, como o avanço do plano de vacinação com mais de dois milhões de vacinas administradas e 90% dos idosos com mais de 80 anos inoculados com a primeira dose".
A ex-presidente da Câmara de Odivelas apontou ainda fatores positivos como "a testagem em grande volume a atingir 9,3 milhões e uma melhor monitorização" dos casos de infeção.
No entanto, "mantêm-se razões fundadas para que se renove a declaração do estado de emergência numa lógica calibrada de precaução com sucessivo aliviar das restrições".
"A estratégia de desconfinamento que foi aprovada no Conselho de Ministros é gradual, deliberadamente progressiva e de ritmo lento, no sentido de ir adequando as medidas proporcionalmente àquilo que são as situações epidemiológicas, impondo-se sempre acautelar os passos a dar no futuro próximo, como refere o decreto do senhor Presidente da República", sustentou Susana Amador.
No atual quadro, de acordo com a deputada do PS, "urge uma procura ativa das fontes de transmissão e por isso há que continuar a rastrear e a vacinar em massa, de forma fluida e com ritmo, sendo muito importante a meta anunciada pela 'task-force' de se conseguir que a população com mais de 60 anos esteja toda vacinada no início de junho".
"Mas exige-se em paralelo uma persistente cultura de prevenção que começa em cada um de nós", assinalou.
Ainda sobre as razões que levam o PS a apoiar o projeto de decreto presidencial, a deputada socialista advogou que esse diploma se aplicará num "quadro de uso limitado, sempre ponderado, gradual, e proporcional dos poderes permitidos pelo estado de emergência ao Governo".
"Todos desejamos que esta seja a última renovação do estado de emergência para que possamos recuperar a plenitude do exercício dos nossos direitos e liberdades. Que Abril possa ter efetivamente aroma de Abril", acrescentou.
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