Estes testes foram realizados na sequência de casos de contágio por COVID-19 em cinco pessoas da mesma família naquele concelho, situação que levou à realização de testes nos locais em que as pessoas trabalhavam (bombeiros e lar) e no infantário de Aldeia Nova do Cabo, onde andam as duas crianças desta família, que também testaram positivo.
Em conferência de imprensa realizada hoje para fazer um ponto da situação, Paulo Fernandes lembrou que o infantário foi logo encerrado por "precaução" e que se avançou com a realização de testes, tendo-se começado pelas crianças que estavam nas mesmas salas dos casos confirmados.
Até agora, informou, foram testadas 23 crianças e todas tiveram resultado negativo, sendo que ainda faltam os resultados de 43 crianças que estão a ser testadas por fases, visto que a metodologia de recolha de amostras e testagem é mais complexa e demorada.
Os colaboradores da instituição também foram todos testados e três funcionárias deram positivo. Segundo o autarca, estão assintomáticas e a ser acompanhadas pelas entidades de saúde em casa.
Os contactos mais próximos destas pessoas também irão ser testados nos próximos dias.
A linha de contágio nas pessoas da mesma família terá começado com uma senhora de cerca de 60 anos que sofre de patologias graves e que esteve no IPO de Lisboa, onde se pressupõe que terá sido infetada.
Esta situação também levou à realização de testes no Lar da Misericórdia do Fundão, visto que uma das cinco pessoas inicialmente infetadas trabalha neste espaço.
Nesta valência, os 86 utentes testados deram negativo e houve registo de um caso positivo noutra funcionária, faltando ainda conhecer o resultado relativamente a 20 trabalhadores.
Noutra frente também foram feitos testes a 27 bombeiros da corporação de bombeiros, todos com resultado negativo.
Ressalvando que ainda falta conhecer o resultado de alguns testes, Paulo Fernandes mostrou-se hoje esperançado de que a resposta "precoce" e articulada entre todas as entidades possa ter evitado novos focos de contaminação e ter contrariado uma situação que poderia ter ficado "completamente descontrolada", se se tiver em conta a rede de contactos e o potencial de risco que cada caso encerrava.
Os nove casos estão todos a ser acompanhados em casa pelas entidades de saúde.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 472 mil mortos e infetou mais de 9,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.540 pessoas das 39.737 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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