Numa nota publicada no portal da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa afirma que esta morte "na frente de combate" à covid-19 vem lembrar "a grande dedicação e risco dos profissionais de saúde na luta contra a pandemia, que pode mesmo atingir o sacrifício supremo da vida".

"Todas as palavras não são demais para sublinhar e elogiar este esforço, que merece mais do que palavras e reconhecimento, merece os adequados meios e as adequadas carreiras no seio do SNS. E também nos lembra que a pandemia ainda não está dominada e que as medidas de precaução continuam a impor-se", acrescenta o chefe de Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa apresenta "sentidas condolências" à família e amigos do médico que na quinta-feira morreu com covid-19 no Hospital de São José e também ao Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central.

Este é o primeiro caso conhecido de uma morte com COVID-19 neste grupo profissional em Portugal. A notícia foi avançada na quinta-feira à noite pelo jornal Público, segundo o qual o médico, de 68 anos, estava internado há mais de 40 dias nos cuidados intensivos e terá sido infetado por um colega.

Numa nota publicada no Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o ministério de Marta Temido endereçou os votos de pesar à família e amigos deste profissional

O comunicado indica que o falecimento deste clínico, na sequência de infeção pelo novo coronavírus, ocorreu “ao início da noite de quarta-feira, dia 17 de junho, no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, EPE”.

Também a Ordem dos Médicos (OM) já manifestou hoje o seu pesar pela morte deste profissional de saúde e endereçou as condolências à família.

“Que honremos todo o seu esforço e dedicação aos doentes continuando todos nós, como profissionais e como sociedade, a enfrentar esta pandemia com responsabilidade, seriedade e com todos os meios necessários ao nosso alcance”, escreve o bastonário da OM, Miguel Guimarães, na nota.

A pandemia de COVID-19, doença provocada por um novo coronavírus detetado em dezembro do ano passado na China, atingiu 196 países e territórios e provocou mais de 450 mil mortos a nível global, segundo um balanço feito pela agência de notícias francesa AFP.

Em Portugal, onde os primeiros casos foram confirmados no dia 02 de março, morreram 1.524 pessoas num total de 38.089 casos de infeção contabilizados, de acordo com o relatório de quinta-feira da Direção-Geral da Saúde (DGS).