Numa recomendação divulgada hoje, peritos da OMS consideram que “não há provas de que o remdesivir tenha qualquer benefício para os doentes e desaconselham o seu uso, quer pela possibilidade de efeitos secundários quer pelo que implica a sua administração”, que tem que ser intravenosa.

Em outubro, Portugal anunciou a compra de cerca de 35 milhões de euros em doses do medicamento, um antiviral fabricado pela farmacêutica norte-americana Gilead, que contestou a nova orientação da OMS.

Na sua revisão, os peritos da OMS consideraram que o remdesivir “não tem qualquer efeito significativo na mortalidade ou noutros resultados importantes para os doentes, como a necessidade de ventilação ou a rapidez nas melhoras”.

Na conferência de imprensa de acompanhamento da pandemia, Lacerda Sales afirmou que Portugal continuará a seguir “as orientações da Agência (Europeia do Medicamento)” e que até agora, não houve “nenhuma alteração das orientações de utilização”.