Na última atualização das análises genéticas ao novo coronavírus, divulgada na terça-feira, o INSA afirma que os dados da nova variante, mais contagiosa, detetada no Reino Unido “apontam para a existência de transmissão comunitária”.
O INSA, que já analisou 2.342 sequências do genoma do SARS-CoV-2 a partir de amostras recolhidas em pessoas infetadas, detetou “38 novas sequências da nova variante” em amostras recolhidas nos aeroportos de Lisboa e Porto e junto de todas as regiões de saúde do país, exceto da Madeira.
“Até ao momento, foram detetados em Portugal um total de 72 casos de infeção associados a esta nova variante, distribuídos pelas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores e por 10 distritos de Portugal continental, num total de 28 concelhos”, refere o Instituto.
Desde que o novo coronavírus foi detetado em Portugal, o INSA já analisou 2.342 sequências do perfil genético do SARS-CoV-2 recolhidas em 69 instituições e representando 199 concelhos.
A Organização Mundial de Saúde já alertou que vão continuar a surgir variantes do novo coronavírus e defendeu que é preciso acelerar o processo de descoberta e sequenciação genética para as acompanhar.
O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, salientou no final de dezembro que é preciso aumentar a capacidade de os laboratórios em todo o mundo serem capazes de descobrir as sequências genómicas das mutações do vírus que forem aparecendo, o que só se consegue com testagem.
A variante que já circula em Portugal e em vários países foi detetada pela primeira vez em setembro no Reino Unido.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.963.557 mortos resultantes de mais de 91,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 8.080 pessoas dos 496.552 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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