Desde o início da pandemia, Portugal registou 1.203 mortes associadas à COVID-19 e 28.810 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Em relação a ontem, registaram-se mais 13 óbitos (crescimento de 1,09%) e mais 227 infetados (subida de 0,79%).
Hoje há 3.822 casos de recuperação, mais 494 que ontem, o maior aumento de recuperados de sempre.
O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de sexta-feira, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 684 óbitos, seguida de Lisboa e Vale do Tejo (267), Centro (221) e Algarve (15). Pelo menos uma morte foi registada no Alentejo. Há 15 mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.
Das mortes registadas no boletim de hoje, 807 tinham mais de 80 anos, 235 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 107 entre os 60 e 69 anos, 40 entre 50 e 59, 13 entre os 40 os 49 e um homem entre os 20 e os 29 anos
A região Norte continua a registar o maior número de infeções, com 16.282 casos, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (8.097), da região Centro (3.609), do Algarve (356) e do Alentejo (241). Nos Açores, existem 135 casos confirmados e na Madeira 90.
Os dados da DGS precisam que o concelho de Lisboa é o que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus, com 1.919 casos, seguido de Vila Nova de Gaia (1.475), Porto (1.314), Matosinhos (1.233), Braga (1.153), Gondomar (1.053), Maia (909), Sintra (859), Valongo (739), Ovar (640) e Coimbra (565).
A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 50 aos 59 anos (4.863), seguida da faixa é a dos 40 aos 49 anos (4.828), e das pessoas com mais de 80 anos, em que há 4.334 casos.
Há 4.189 doentes com idades entre 30 e 39 anos, 3.551 entre os 20 e os 29 anos, 3.220 entre os 60 e 69 anos e 2.408 com idades entre 70 e 79 anos.
A DGS regista ainda 512 casos de crianças até aos nove anos e 905 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.
De acordo com o boletim divulgado este sábado, 41% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 30% febre, 21% dores musculares, 20% cefaleia, 15% fraqueza generalizada e 12% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 89% dos casos confirmados.
Segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde, 177 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 137 de França, 88 do Reino Unido, 48 dos Emirados Árabes Unidos, 45 da Suíça, 32 de Andorra, 30 do Brasil, 29 de Itália, 24 dos Estados Unidos, 19 dos Países Baixos, 18 da Argentina, 15 da Austrália, 13 da Alemanha e também 10 na Bélgica.
O boletim dá ainda conta de oito casos da Áustria, seis do Canadá e quatro de Cabo Verde, quatro do Egito, quatro da Índia e também quatro da Indonésia.
Há ainda três casos importados da Guatemala, Israel, Irlanda e Tailândia. Há dois casos importados da África do Sul, Chile, Cuba, Jamaica, Luxemburgo, Malta, México, Paquistão e Suécia.
Foram importados um caso da Alemanha e Áustria, outro da Alemanha e Irlanda e ainda um de Andorra e Espanha. Há igualmente registo de um caso importado de países como Arábia Saudita, Azerbaijão, China, Dinamarca, Irão, Japão, Maldivas, Marrocos, Noruega, Polónia, Qatar, República Checa, Singapura, Turquia, Ucrânia e Venezuela.
Portugal entrou às 00:00 de 3 de maio em situação de calamidade, depois de ter estado em três períodos consecutivos em estado de emergência que vigoraram desde 18 de março.
Com a situação de calamidade, vai vigorar um “dever cívico de recolhimento domiciliário” para a população em geral, independentemente da idade ou de uma pessoa apresentar fatores de risco, em vez do “dever geral de recolhimento” e do “dever especial de proteção” para determinados grupos, como acontecia no estado de emergência.
Veja o mapa de risco de ser infetado em Portugal
Um mapa desenvolvido pelo CERENA do Instituto Superior Técnico
A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Vírus já matou mais de 304 mil pessoas
A pandemia de COVID-19 matou pelo menos 304.619 pessoas e infetou quase 4,5 milhões em todo o mundo desde dezembro na China, refere o último balanço da AFP, às 20h00 de ontem, baseado em dados oficiais.
Segundo os dados recolhidos pela agência noticiosa francesa, 4.491.730 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro passado na província chinesa de Wuhan.
A AFP alerta, contudo, que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que um grande número de países está a testar apenas os casos que requerem atendimento hospitalar. Entre esses casos, pelo menos 1.571.100 são hoje considerados curados.
Os países com mais óbitos nas últimas 24 horas são os Estados Unidos, com 1.759 novas mortes, o Brasil (844) e o Reino Unido (384).
Os Estados Unidos, que tiveram a sua primeira morte ligada ao coronavírus no início de fevereiro, são o país mais afetado em termos de número de óbitos e de casos, com 86.744 mortes e 1.429.990. Pelo menos 246.414 pessoas foram declaradas curadas pelas autoridades de saúde norte-americanas.
Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Reino Unido, com 33.998 mortes e 236.711 casos, a Itália com 31.610 óbitos (223.885 casos), a França, com 27.529 mortes (178.870 casos (números de quinta-feira, porque as autoridades não forneceram hoje avaliação completa) e a Espanha, com 27.459 mortes (230.183 casos).
Entre os países mais atingidos, a Bélgica continua a ser o que tem maior número de mortes face à sua população, com 77 óbitos por cada 100.000 habitantes, seguido pela Espanha (59), Itália (52), Reino Unido (50) e França (42).
A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia começou no final de dezembro, contabilizou oficialmente até hoje um total de 82.933 casos (quatro novos entre quinta-feira e hoje), incluindo 4.633 mortes (zero novas) e 78.209 recuperações.
A Europa totalizava 164.137 mortes e 1.848.598 casos, os Estados Unidos e o Canadá 92.386 mortes (1.504.523 casos), a América Latina e Caraíbas 25.690 mortes (454.107 casos), a Ásia 11.696 mortes (336.428 casos), o Médio Oriente 7.983 mortes (262.778 casos), África 2.601 mortes (76.941 casos) e a Oceânia 126 mortes (8.363 casos).
Esta avaliação foi realizada usando dados reunidos pelas delegações da AFP junto das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Porém, a AFP avisa que devido a correções pelas autoridades ou a publicação tardia dos dados, os números de aumento de 24 horas podem não corresponder exatamente aos publicados no dia anterior.
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