Falando no programa Grande Entrevista, da RTP, Graça Feitas disse que os 19 casos, mais cinco do que os já anunciados, fazem todos parte do surto no Belenenses SAD, havendo ainda mais cinco situações à espera dos resultados do Instituto Ricardo Jorge.
A responsável disse que além dos casos relacionados com o clube de futebol poderá haver outros no país e que há situações em investigação.
Afirmando na entrevista que Portugal está numa quinta vaga de covid-19, com um aumento do número infeções e de internamentos e mortes, Graça Freitas disse também que as projeções indicam que pode haver uma duplicação de casos dentro de 26 dias.
Hoje Portugal registou 4.670 casos confirmados de infeção, pelo que a confirmarem-se as projeções poderão ser mais de nove mil casos no dia 26 de janeiro. (Há um ano nessa data registaram-se 1.214 novos casos de infeção).
Graça Freitas não se comprometeu com números, disse que é preciso ir estudando e analisando, e acrescentou esperar que não seja significativa uma repercussão do aumento de casos nos internamentos, nos cuidados intensivos e no número de mortos, porque as vacinas protegem contra a doença grave.
A propósito das vacinas a diretora-geral salientou que há crianças internadas com covid-19, e nem todas são crianças com outros problemas anteriores, e defendeu a vacinação de crianças, estando a Direção-Geral da Saúde prestas a apresentar uma recomendação sobre a matéria, recebendo hoje mesmo um primeiro parecer.
Caso a decisão seja vacinar as crianças Portugal terá as primeiras 300 mil vacinas no dia 13 e o calendário de vacinação começará no próximo mês.
E Graça Freitas alerta: as crianças são afetadas pelo vírus, o grupo com mais infeções é o dos zero aos nove anos, particularmente o grupo dos cinco aos nove anos.
Nas idades mais avançadas continua o processo de vacinação, estimando a responsável que o grupo etário dos 50 e mais anos possa começar a tomar a terceira dose da vacina a partir de janeiro ou fevereiro.
A covid-19 provocou pelo menos 5.214.847 mortes em todo o mundo, entre mais de 262,26 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.458 pessoas e foram contabilizados 1.151.919 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, foi recentemente detetada na África do Sul e, segundo a Organização Mundial da Saúde, o “elevado número de mutações” pode implicar uma maior infecciosidade.
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