
A instituição de ensino superior pretende desta forma contribuir para “suprir nos próximos dias as limitações de 'stock' identificadas pela ULS do Nordeste, como divulgou hoje, em comunicado.
O IPB dá ainda conta de que, “prevendo que a necessidade se mantenha, já está a trabalhar na aquisição de mais reagentes para poder manter esta produção, de acordo com a evolução da situação”.
“Desde o início que o Instituto Politécnico de Bragança tem mantido o contacto permanente com a Unidade Local de Saúde do Nordeste com o objetivo de apoiar todas as necessidades que possam ser respondidas pelas valências disponíveis na academia”, refere.
De acordo com o politécnico, “foi nessa relação de diálogo constante que a ULS procurou o apoio para a preparação de gel desinfetante pela dificuldade em encontrar este produto no mercado”.
Por parte do IPB foi feito um levantamento imediato das disponibilidades de material nas diferentes escolas e organizada uma equipa com diferentes técnicos, docentes e investigadores.
“De acordo com as normas da Organização Mundial de Saúde para a preparação deste produto, conseguiram um primeiro lote de 130 litros de desinfetante para uso exclusivo dos profissionais de saúde da ULS”, indicou.
O IPB refere ainda que “é parceiro ativo no apoio à Unidade Local de Saúde do Nordeste desde logo na dispensa de equipamentos de proteção individual, equipamento médico específico para o combate à pandemia, agora com a produção de desinfetante e outras que se venham a demonstrar necessárias”.
Outras instituições e empresários do distrito de Bragança estão também a contribuir com material de proteção individual para os profissionais de saúde do Nordeste Transmontano.
Os dois laboratórios FabLab da Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua começaram a produzir, nas impressoras 3D, viseiras para distribuir pelos profissionais de saúde dos concelhos de abrangência, nomeadamente Carrazeda de Ansiães, Mirandela, Vila Flor, Murça e Alijó.
Os FabLab estão instalados em vila Flor e Alijó e têm capacidade para produzir 20 viseiras por dia, cada um.
O presidente da agência, João Gonçalves, justiça que a maior carência que lhe é referenciada, em termos de material de proteção, é a de máscaras, pelo que acredita que estas viseiras poderão ajudar profissionais de saúde ligadas aos centros de saúde, bombeiros e respostas sociais.
A nível particular, outros profissionais como Nelson Marcos, em Miranda do douro, ou o arquiteto João Ortega, em Bragança, estão também a usar estão também a angariar e produzir viseiras para entregar aos bombeiros, que as distribuirão pelas necessidades que forem surgindo.
Nesta região, há também grupos de voluntários, que se têm organizado, nomeadamente nas redes sociais, e que estão a prestar apoio aos profissionais na linha da frente, por exemplo com a distribuição de refeições, e aqueles que estão em confinamento social e necessitam de bens essenciais.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 540 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 25 mil.
Em Portugal, registaram-se 76 mortes, mais 16 do que na véspera (+26,7%), e 4.268 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que identificou 724 novos casos em relação a quinta-feira (+20,4%).
Dos infetados, 354 estão internados, 71 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.
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