Segundo a atualização da norma da DGS, hoje divulgada, as pessoas com trissomia 21 são incluídas nos grupos prioritários “pelo risco acrescido de evolução para covid-19 grave”.
Já quanto ao pessoal docente e não docente, a DGS esclarece que estão abrangidos os que trabalham nos estabelecimentos de ensino e educação e nas respostas sociais de apoio à infância dos setores público, privado e social e cooperativo, “de acordo com o plano logístico que será implementado”.
No início do mês, a DGS já tinha manifestado abertura para "analisar outros grupos que vão sendo propostos, quer no âmbito de reduzir morbilidade e mortalidade, quer noutros âmbitos, nomeadamente, acrescentar resiliência à sociedade".
"Sendo um plano estabilizado nas suas linhas mestras, pode e deve sofrer ajustes em função das necessidades do país”, disse na altura a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.
A fase 1 do Plano de Vacinação contra a Covid-19 inclui nos grupos prioritários os profissionais de saúde e de outros setores críticos e essenciais, nomeadamente Forças Armadas, forças de segurança e bombeiros, as pessoas com mais de 80 anos e as de idade superior a 50 anos e com uma das seguintes doenças: insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal ou doença respiratória.
Na fase 2, a iniciar em abril, está incluída a vacinação das pessoas entre os 50 e os 64 anos e com, pelo menos, uma das seguintes doenças: diabetes, neoplasia maligna ativa, doença renal crónica, insuficiência hepática, hipertensão arterial e obesidade.
Na terceira fase está incluída a restante população residente em Portugal.
Segundo a informação divulgada na terça-feira pela DGS, mais de 293 mil portugueses têm a vacinação contra a covid-19 completa com as duas doses. Já foram administradas um total de 1.032.907 vacinas desde 27 de dezembro.
O último relatório do processo de vacinação em Portugal continental refere que 293.245 pessoas - 3% da população - receberam até terça-feira as duas doses das vacinas da AstraZeneca e da Pfizer.
Desde o início do processo de vacinação, no passado dia 27 de dezembro, já foram administradas um total de 1.032.907 vacinas.
Até domingo, Portugal tinha recebido um total de 1.186.389 vacinas contra o vírus SARS-CoV-2, tendo sido distribuídas pelos pontos de vacinação do país 1.078.103 doses.
Vacina a AstraZeneca também para maiores de 65 anos
A Direção-Geral da Saúde (DGS) alargou hoje a vacina da AstraZeneca contra a COVID-19 às pessoas acima dos 65 anos, depois de comprovada a eficácia neste grupo etário.
Na norma relativa à vacina da AstraZeneca hoje atualizada, de forma a permitir a sua utilização sem reservas a partir dos 18 anos, a DGS sublinha que tal decisão se deve à segurança, qualidade e eficácia comprovadas.
"Esta decisão tem suporte na divulgação de dados conhecidos nos últimos dias, que indicam que a vacina da AstraZeneca é eficaz em pessoas com mais de 65 anos", escreve a DGS.
Na informação hoje divulgada, a DGS diz que os novos estudos conhecidos mostraram, “com base em metodologias científicas robustas, que a vacina da AstraZeneca é eficaz em indivíduos com 70 ou mais anos, quer na prevenção da COVID-19, quer na redução das hospitalizações por esta doença, reforçando os dados iniciais de que esta vacina é capaz de produzir anticorpos eficazes no combate à infeção por SARS-CoV-2, mesmo em pessoas mais velhas”.
Esta decisão foi tomada após análise destes novos dados pela Comissão Técnica de Vacinação contra a COVID-19 da DGS e do parecer do Infarmed.
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