O alerta foi deixado pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na habitual videoconferência de imprensa da organização, transmitida da sede, em Genebra, na Suíça.
Segundo o dirigente da OMS, faltam 22,9 mil milhões de dólares (18,8 mil milhões de euros) para "financiar plenamente o ACT Accelerator este ano".
Coordenado pela OMS, o programa ACT Accelerator é uma iniciativa global lançada em abril de 2020 que visa acelerar o desenvolvimento, a produção e o acesso equitativo a testes de diagnóstico, tratamentos e vacinas para a covid-19, envolvendo governos, sociedade civil, empresas, filantropos e organizações públicas e privadas.
Tedros Adhanom Ghebreyesus enalteceu que os países do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) e a União Europeia se tenham comprometido na sexta-feira, numa cimeira virtual, a doar 4,3 mil milhões de dólares (3,5 mil milhões de euros) para o ACT Accelerator, destacando a sua "capacidade de liderança".
"Mas precisamos de acelerar [mais]", advertiu, ressalvando, no entanto, que "o dinheiro não é o único desafio".
"Se não há vacinas para comprar, o dinheiro é irrelevante", apontou o diretor-geral da OMS, reiterando o apelo para que os países ricos partilhem vacinas para a covid-19 com os mais pobres, as farmacêuticas produzam mais vacinas e uns e outros respeitem os acordos com o mecanismo de distribuição equitativa Covax.
Tedros Adhanom Ghebreyesus vincou que as vacinas "serão um recurso limitado" até ao fim do ano, pelo que há que "usá-las de forma estratégica", priorizando os profissionais de saúde e os idosos, mais vulneráveis à covid-19.
A pandemia da covid-19 provocou, pelo menos, 2.466.453 mortos no mundo, resultantes de mais de 111 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.023 pessoas dos 798.074 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A covid-19 é uma doença respiratória causada por um novo coronavírus (tipo de vírus) detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e que se disseminou rapidamente pelo mundo.
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