Num balanço enviado à agência Lusa o conselho de administração do CHO, esclarece que “os três doentes infetados com covid-19, falecidos nos últimos dias no Hospital de Torres Vedras” eram “doentes com idades avançadas, com doenças crónicas descompensadas e cuja causa de morte não está diretamente relacionada com a infeção COVID-19”.

Na quinta-feira, aquele hospital registava 10 doentes infetados com COVID-19 e dois funcionários. Hoje, tem a registar 12 doentes e quatro funcionários.

O hospital debate-se com um foco de infeção por COVID-19 surgido no Serviço de Urgência Geral do Hospital daquela unidade, do distrito de Lisboa, relacionado com um doente que esteve internado naquele serviço “com patologias não respiratórias”, divulgou a instituição no início desta semana.

De acordo com o CHO, o doente "foi testado antes de ter alta" e foi “validado como negativo”, mas “a situação clínica do doente agravou-se e este regressou à urgência, 24 horas depois, desta vez com queixas respiratórias”.

Após um segundo teste ao novo coronavírus, o resultado foi positivo, tendo o doente sido internado na “área covid” do Hospital de Torres Vedras.

No mail enviado hoje à Lusa, a administração do CHO salienta estar “a aguardar os resultados de vários testes realizados aos utentes” e que “todos profissionais qualificados como contacto próximo, estão a ser testados dentro do período estipulado pelas normas da Direção-Geral da Saúde (DGS)”.

Até hoje, “quatro profissionais de saúde do Serviço de Urgência da Unidade de Torres Vedras foram validados com testes positivos”, informou o CHO.

Na Unidade de Torres Vedras do Centro Hospitalar do Oeste, existe uma enfermaria destinada aos doentes ‘covid’ com lotação para 24 camas, atualmente com 12 doentes internados e uma taxa de ocupação de 50%, o que corresponde a um total de 12 doentes internados.

A pandemia de covid-19 já provocou quase 487 mil mortos e infetou mais de 9,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.555 pessoas das 40.866 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.