Desde o início da pandemia, Portugal contabilizou 1.833 mortes associadas à COVID-19 e 59.457 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Em relação a ontem, contabilizaram-se mais quatro óbitos, 406 infetados e 149 recuperados. Ao todo há já 42.576 casos de recuperação em Portugal. A região de Lisboa e Vale do Tejo com 194 novas infeções e o Norte com 152 representam 85% do total de novas infeções (346 de 406). 

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 849 óbitos, seguida de Lisboa e Vale do Tejo (677 +4), Centro (253 =) e Alentejo (22 =). Pelo menos 17 mortes foram registadas no Algarve. Há 15 mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 339 doentes internados, mais cinco que ontem, e 40 em unidades de cuidados intensivos, menos quatro do que na quinta-feira.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 15.048 casos ativos da infeção em Portugal - mais 253 que ontem - e 34.266 pessoas em vigilância pelas autoridades – mais 69 indivíduos.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país que regista o maior número de infeções, com 30.609 (+194), seguida da região Norte (21.454 +152), da região Centro (4.903 +43), do Algarve (1.150 +9) e do Alentejo (959 +7). Nos Açores, existem 216 casos confirmados (=) e na Madeira 166 (+1).

Faixas etárias mais atingidas

Por faixas etárias, o maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 1.222 (+1) mortes registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (365 +3), entre 60 e 69 anos (160 =) e entre 50 e 59 anos (58 =).

Os dados indicam ainda que, do total das vítimas mortais, 921 são do sexo masculino e 912 do feminino.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

O boletim da DGS já não fornece números exatos sobre a distribuição demográfica de casos, mas numa nota enviada às redações esses dados são discriminados e distribuem-se por todas as faixas etárias, sendo as idades até aos nove anos as menos afetadas por infeções.

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Idades com mais casos

Em termos de incidência de casos, a faixa etária entre os 30 e 39 anos é a mais atingida, contabilizando-se um total de 9.773 (+59), seguida da faixa etária entre 40 e os 49 anos, com 9.767 (+64).

Os dados indicam ainda que, desde o início da pandemia, houve 26.759 homens infetados e 32.698 mulheres, sendo que se desconhece o sexo de 82 casos.

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Último balanço de AFP

A pandemia do novo coronavírus já causou a morte de pelo menos 869.718 pessoas e infetou mais de 26,3 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais.

De acordo com os dados recolhidos pela agência francesa de notícias, já morreram pelo menos 869.718 pessoas e há 26.366.810 infetados em 196 países e territórios desde o início da epidemia de COVID-19, em dezembro de 2019, na cidade chinesa de Wuhan. Pelo menos 17.298.800 casos foram considerados curados pelas autoridades de saúde.

A AFP adverte que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que alguns países estão a testar apenas casos graves, outros usam o teste como uma prioridade para rastreamento e muitos países pobres têm apenas capacidade limitada de rastreamento.

Nas últimas 24 horas foram registadas 5.871 novas mortes e 278.631 novos casos em todo o mundo. Os países que registaram o maior número de novas mortes são a Índia (1.096), os Estados Unidos (1.029) e o Brasil (834).

Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 186.806 mortes para 6.151.101 casos, de acordo com um balanço da Universidade Johns Hopkins. Pelo menos 2.266.957 pessoas foram declaradas curadas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 124.614 mortes e 4.041.638 casos, Índia com 68.472 mortes (3.936.747 casos), México com 66.329 mortes (616.894 casos) e o Reino Unido com 41.527 mortes (340.411 casos).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) contabilizou oficialmente um total de 85.102 casos (25 novos entre quinta-feira e hoje), incluindo 4.634 mortes (nenhuma nova) e 80.263 recuperações.

A América Latina e as Caraíbas totalizaram 285.469 mortes e 7.612.884 casos, Europa 217.285 mortes (4.099.668 casos), Estados Unidos e Canadá 195.982 mortes (6.281.343 casos), Ásia 102.164 mortes (5.522.626 casos), Médio Oriente 37.404 mortes (1.543.088 casos), África 30.631 mortes (1.277.479 casos) e Oceânia 783 mortes (29.724 casos).

O balanço foi realizado a partir de dados recolhidos pelas delegações da AFP junto das autoridades nacionais competentes e de informações da OMS.

Devido a correções feitas pelas autoridades ou publicação tardia dos dados, os números do aumento de 24 horas podem não corresponder exatamente aos publicados no dia anterior.

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