Portugal regista esta terça-feira mais 2.983 casos de COVID-19 e 17 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde o início da pandemia, morreram 17.601 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 1.009.571 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 2.206 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há 947.465 doentes recuperados da doença em Portugal desde março de 2020.

A região Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com mais novas notificações, num total de 38,4% dos diagnósticos.

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 7.527 (+6), seguida do Norte com 5.474 óbitos (+2), Centro (3.068, +4) e Alentejo (1.004, +2). Pelo menos 417 (+3) mortos foram registados no Algarve.

Há 39 (=) mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira registam-se 72 óbitos (=) associados à doença.

Internamentos a descer

Em todo o território nacional, há 695 doentes internados, menos 49 do que ontem, e 139 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos cinco do que no dia anterior.

Boletim 18 de agosto
Boletim 18 de agosto créditos: DGS

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 44.505 casos ativos da infeção em Portugal — mais 760 do que ontem — e 51.013 pessoas em vigilância pelas autoridades — menos 1.115 do que no dia anterior.

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 393.987 (+1.146), seguida da região Norte (389.041, +858), da região Centro (134.273, +419), do Alentejo (35.736, +185) e do Algarve (37.018, +287).

Nos Açores existem 8.272 casos contabilizados (+43) e na Madeira 11.244 (+45).

O que nos diz a matriz de risco?

Matriz de risco 18 de agosto
Matriz de risco 18 de agosto créditos: DGS

Portugal apresenta uma incidência de 314,5 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - igual aos 314,5 casos de há dois dias - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 0,96, igual aos 0,96 de segunda-feira.

No território continental, o R(t) também se mantém nos 0,96. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 11.502 (+12) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (3.772 +4), entre 60 e 69 anos (1.596 +1) entre 50 e 59 anos (498 = ), 40 e 49 anos (170 = ) e entre 30 e 39 anos (45 = ).

Há ainda 13 mortes (=) registadas entre os 20 e os 29 anos, duas (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 9.240 são do sexo masculino e 8.361 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 164.260 (+359), seguida da faixa etária dos 20 aos 29 anos, com 161.126 infeções (+879), e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 149.415 casos (+362). Logo depois, surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 139.966 infeções reportadas (+254).

A faixa etária entre os 10 e os 19 anos tem 105.015 (+641) e entre os 60 e os 69 anos soma 94.806 (+131).

Desde o início da pandemia, houve 464.837 homens infetados e 544.013 mulheres, sendo que se desconhece o género de 721 pessoas.

Balanço mundial

A pandemia de covid-19 provocou a morte, até à data, de pelo menos 4.381.911 pessoas em todo o mundo, tendo sido registados 10.906 óbitos a nível mundial nas últimas 24 horas, revelou hoje o balanço da France-Presse (AFP).

No total, e desde que o novo coronavírus (SARS-CoV-2) foi identificado na China em dezembro de 2019, mais de 208.545.350 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em todo o mundo.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A grande maioria dos pacientes recupera da doença covid-19, provocada pelo SARS-CoV-2, mas uma parte destas pessoas ainda relatam sentir alguns sintomas associados durante semanas ou mesmo até meses, segundo a agência noticiosa.

Nas últimas 24 horas, registaram-se mais 637.703 novos casos da doença em todo o mundo, número que está em linha com os valores do dia anterior (636.698).

Já em relação aos óbitos diários, os dados revelam uma subida, das 8.388 mortes comunicadas na terça-feira para as 10.906 hoje contabilizadas.

Os países que registaram mais mortes nas últimas 24 horas foram, e de acordo com os respetivos balanços nacionais, a Indonésia com 1.128 óbitos, o Brasil (1.106) e os Estados Unidos da América (998).

Os Estados Unidos da América (EUA) continuam a ser o país mais afetado a nível global, tanto em número de mortos como de casos, com um total de 623.322 mortes entre 37.017.859 casos recenseados, segundo a contagem da universidade norte-americana Johns Hopkins.

Depois dos EUA, a lista dos países mais afetados pela crise pandémica em termos globais é composta pelo Brasil (570.598 mortos e 20.416.183 casos), pela Índia (432.519 mortos e 32.285.857 casos), pelo México (249.529 mortos e 3.123.252 casos) e pelo Peru (197.539 mortos e 2.135.827 casos).

Segundo a análise da AFP, o Peru surge novamente como o país (ou território) que conta atualmente com mais mortos em relação à sua população, com 599 óbitos por cada 100.000 habitantes, seguido pela Hungria (311), Bósnia-Herzegovina (296), República Checa (284), Brasil (268) e a Macedónia do Norte (268).

Por regiões do mundo, a zona da América Latina e Caraíbas concentra atualmente os dados de mortalidade mais altos, ao totalizar até hoje às 10:00 TMG (11:00 em Lisboa) 1.411.061 mortes em 42.244.484 casos de infeção confirmados.

Segue-se a Europa (1.225.748 mortes e 61.020.725 casos), a Ásia (736.146 mortes e 47.832.134 casos), os Estados Unidos e o Canadá (650.037 mortes e 38.474.538 casos), a África (185.599 mortes e 7.337.955 casos), o Médio Oriente (171.730 mortes e 11.533.827 casos) e a Oceânia (1.590 mortes e 101.689 casos).

Este balanço foi realizado a partir de dados recolhidos pelas delegações da AFP junto das autoridades nacionais competentes e de informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), excluindo as revisões realizadas posteriormente por certos organismos de estatística.

A OMS calcula, tendo em conta o excesso de mortalidade ligada direta e indiretamente à covid-19, que o balanço da pandemia poderá ser duas a três vezes superior ao registado oficialmente.

Desde o início da pandemia, o número de testes realizados aumentou significativamente e as técnicas de rastreamento e despistagem melhoraram, levando a um aumento no número das infeções declaradas.

No entanto, uma proporção significativa dos casos menos graves ou assintomáticos não são detetados.

Devido a correções feitas pelas autoridades ou a notificações tardias, o aumento dos números diários pode não corresponder exatamente aos dados publicados no dia anterior, segundo a agência noticiosa francesa.