O primeiro carregamento de vacinas chegou a Macau após uma viagem por via terrestre desde Pequim que durou “mais de 30 horas” e contou com “a total cooperação do Gabinete de Ligação do Governo Central”, indicaram as autoridades do território, em comunicado.

A vacina da Sinopharm foi “desenvolvida com a tecnologia tradicional de inativação de vírus” e “os dados clínicos existentes mostram que tem boa segurança e eficácia”, explicaram.

“Os Serviços de Saúde de Macau efetuaram uma revisão dos dados da análise intercalar da terceira fase do estudo clínico desta vacina, que indicam que a proteção […] é de 80% e a incidência de reações adversas não é elevada”, pode ler-se no comunicado.

Além da vacina da Sinopharm, o Governo de Macau deu luz verde também à compra da “vacina de mRNA da Fosun-BioNTech” e da “vacina baseada em vetor adenoviral da AstraZeneca”.

“Estas três vacinas foram aprovadas para a utilização urgente ou comercializadas em determinadas condições em muitos países ou regiões, e deverão chegar de forma sucessiva a Macau durante o ano de 2021″, adianta-se na nota.

O Governo participa ainda no plano global de aquisição colectiva promovido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Aliança Global para Vacinas e Imunização (GAVI), para aquisição de algumas vacinas.

No início desta semana, as autoridades sanitárias adiantaram que as primeiras vacinas poderão começar a ser administradas ainda na primeira quinzena de fevereiro, altura em que se celebra o Ano Novo chinês.

Em janeiro, o executivo já tinha determinado que as vacinas serão gratuitas, incluindo para estudantes e trabalhadores não residentes (TNR), não sendo a vacinação obrigatória.

Nessa altura, o Governo informou igualmente que deverão chegar ao território 400 mil doses de cada uma de três vacinas encomendadas à farmacêutica chinesa Sinopharm, ao laboratório britânico AstraZeneca e à BioNtech/Pfizer.

Numa primeira fase, serão vacinadas as pessoas consideradas prioritárias ou de alto risco, como profissionais de saúde, agentes da polícia, bombeiros, profissionais da aviação e transportes públicos e também trabalhadores do setor da alimentação, além de pessoas que tenham de viajar para zonas endémicas.

Considerado uma das regiões mais seguras do mundo em relação à pandemia de covid-19, Macau contabilizou apenas 48 casos desde que o novo coronavírus chegou ao território, no final de janeiro de 2020, não tendo registado até hoje nenhuma morte provocada pela doença.