O governo do Japão pediu à China para não deixar de fazer testes anais em cidadãos japoneses para detetar a COVID-19, alegando que o procedimento pode causar "sofrimento psicológico". O secretário-chefe de gabinete, Katsunobu Kato, disse que o governo japonês ainda não recebeu qualquer resposta.

"Alguns japoneses relataram à nossa embaixada na China que passaram por exames de amostra anal, o que causou um grande sofrimento psicológico", afirmou Kato.

"Nesta fase, não recebemos qualquer resposta a dizer que vão mudar. Vamos continuar a apelar", acrescentou, observando que não tinha informações sobre a utilização deste método fora da China.

O pedido do Governo nipónico realizado na segunda-feira surge após notícias de que o pessoal diplomático dos Estados Unidos na China se tinha queixado de ter sido sujeito a estes tipo de testes, algo que Pequim tem negado veemente.

As amostras para os testes de COVID-19 são geralmente colhidas do nariz e/ou garganta. Mas, segundo a emissora pública CCTV, os testes retais "aumentam a taxa de deteção de pessoas infetadas" porque o coronavírus permanece mais tempo no ânus do que no trato respiratório.

Segundo as autoridades chinesas, os testes retais são realizados com recurso a um cotonete introduzido no ânus e são mais eficazes a identificar pessoas infetadas.

Portugal registou ontem 34 mortos relacionadas com a COVID-19 e 394 novos casos de infeção com o novo coronavírus, o valor mais baixo de casos desde setembro, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Os valores são semelhantes aos registados em outubro, no que respeita às mortes, quando foram notificados 33 óbitos no dia 29 desse mês e a setembro, no que se refere aos novos casos, com o registo de 388 a 8 de setembro.

Desde março de 2020, Portugal já registou 16.351 mortes associadas à covid-19 e 804.956 casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2.

De acordo com os últimos dados da Direção-Geral da Saúde, Portugal tem atualmente 868.951 pessoas vacinadas: 603.585 com a primeira dose e 265,366 com a segunda dose.

A pandemia de COVD-19 provocou, pelo menos, 2.531.448 mortos no mundo, resultantes de mais de 114 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Vídeo - O que é a mutação de um vírus? Como ocorre? E porquê?