Itália registou nas últimas 24 horas um novo aumento no número de mortes associadas à COVID-19, 464, contra 437 de terça para quarta-feira, mas mantém a redução de novos casos (2.646) e do número de doentes.

O número total de mortes no país desde o início do surto, em 21 de fevereiro, ascende hoje a 25.549 e o total de infetados, que inclui os mortos e os 57.576 recuperados, a 189.973. O número de pessoas doentes caiu pelo quarto dia consecutivo, com menos 851 nas últimas 24 horas, baixando o total para 106.848 infetados pelo novo coronavírus, SARS-CoV-2.  

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Por outro lado, o número de pessoas recuperadas aumentou 3.033 de quarta-feira para hoje, o número diário mais elevado desde o início da crise, segundo a Proteção Civil italiana. Também continua a cair o número de doentes internados nos cuidados intensivos: são agora 2.267, menos 107 que na quarta-feira.

Pela primeira vez, “os números são particularmente reconfortantes”, disse o chefe da Proteção Civil, Angelo Borrelli, em conferência de imprensa.

O presidente do Conselho Superior de Saúde, Franco Locatelli, salientou por seu lado que o chamado indicador ‘R’, que define o número de contágios por cada pessoa infetada, desceu para valores entre 0,5 e 0,7. Citado pela agência Ansa, este responsável destacou também que, desde 05 de abril, "com a única exceção de um dia, houve uma redução do número de pacientes admitidos" e, desde 03 de abril, “uma redução constante do número de doentes admitidos todos os dias nos cuidados intensivos".

A região da Lombardia, no norte do país, com cerca de 1o milhões de habitantes, é a área mais afetada, com 12.940 mortes e 70.165 casos da infeção. É aqui que vão começar os primeiros testes serológicos do país, com o objetivo de aferir o desenvolvimento de anticorpos (imunidade) na resposta ao vírus.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 183 mil mortos e infetou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Cerca de 700 mil doentes foram considerados curados.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram entretanto a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.

820 mortos em Portugal

Portugal contabiliza 820 mortos associados ao coronavírus SARS-CoV-2 em 22.353 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde sobre a pandemia.

Relativamente ao dia anterior, há mais 35 mortos (+4,5%) e mais 371 casos de infeção (+1,7%).

Das pessoas infetadas, 1.095 estão hospitalizadas, das quais 204 em unidades de cuidados intensivos, e o número de doentes curados aumentou de 1.143 para 1.201.

Portugal cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o decreto presidencial que prolongou a medida até 02 de maio prevê a possibilidade de uma "abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais".

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