"Toda a gente deve estar envolvida na luta contra a epidemia", disse o primeiro-ministro francês em entrevista à rádio France Inter, admitindo que "há um ressurgimento da epidemia" no país europeu.

A França relatou mais de 3.000 novos casos de COVID-19 nas últimas 24 horas, de acordo com dados divulgados ontem pelas autoridades de saúde.

Neste mesmo intervalo, também foram detetados 33 novos focos de infecção, elevando para 352 o total de fontes sob investigação em todo território.

"Algumas semanas atrás, 1.000 casos foram diagnosticados por dia. Agora somos cerca de 3.000. Algo está a acontecer", alertou Castex, que pediu aos franceses "que não baixem a guarda".

As infeções aumentaram significativamente na região de Paris e no sudeste do país. Isso levou a Alemanha a incluir essas duas regiões da França entre as zonas de risco a evitar.

Questionado sobre um possível reconfinamento caso a situação continue a piorar, Castex disse que seu governo "considera todas as hipóteses", mas que "isto não é um objetivo", em especial pelas consequências económicas que uma nova paralisia teria para o país.

A pandemia de COVID-19 já provocou pelo menos 813 mil mortos e infetou mais de 23,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.