“Temos a situação contida, as cadeias também estão monitorizadas”, declarou Miguel Albuquerque aos jornalistas, à margem da visita que efetuou a uma empresa do ramo das instalações hidráulicas, no Funchal.
O governante apontou que era “previsível” e “estava dentro das perspetivas” das autoridades regionais um aumento de casos com a abertura do Aeroporto da Madeira, que só na segunda-feira registou 20 movimentos.
“O que nós estamos é muito atentos à gravidade e incidência desses casos”, sublinhou o chefe do executivo insular, de coligação PSD/CDS-PP.
“Neste momento, o que nós temos é que ter a capacidade de resposta do Serviço Regional de Saúde para podermos receber potenciais internamentos e tratamentos, sobretudo nos cuidados intensivos”, sublinhou.
Segundo o responsável madeirense, “essa capacidade está assegurada com os números que a região tem neste momento e a gravidade dos números que são apresentados”.
“Se for preciso rever as medidas [restritivas], vamos rever”, assegurou.
Miguel Albuquerque informou que “a ideia inicial” de passar a exigir apenas um teste antigénio na entrada de visitantes na região, neste momento, “não é viável dada a proliferação da pandemia, quer a nível nacional, quer nos destinos emissores”.
Argumentou que a região está a receber turistas do mercado inglês e que “as taxas de incidência da variante delta no Reino Unido são muito elevadas”.
“Por conseguinte, temos de reforçar o controlo nas entradas aqui na Madeira e a melhor forma de o fazer é através dos testes PCR”, pelo que esta medida, que estava prevista terminar em 31 de julho, vai manter-se.
O chefe do Governo admitiu que “a frequência relativa da variante delta na Madeira também já é de 100%”, mas considerou que esta é uma situação “normal e expectável”.
A Madeira, acrescentou, tem de “tomar providências para ter a contenção da pandemia assegurada”, destacando que uma das medidas que tem “funcionado bem” é a aplicação MadeiraSafe, que “tem permitido ter uma monitorização efetiva dos casos e das cadeias”.
Miguel Albuquerque criticou “algumas situações pontuais de algum desrespeito, algumas concentrações, sobretudo na cidade do Funchal”, envolvendo “malta nova”.
“Volto a fazer um apelo para terem cuidado, porque os novos casos estão a incidir exatamente nas pessoas mais jovens”, declarou.
Por outro lado, salientou que os empresários têm evidenciado “um comportamento exemplar, têm fechado os estabelecimentos a horas, têm alertado as autoridades, quer a PSP, quer as autoridades sanitárias para excessos”.
O governante disse que “a fiscalização vai continuar e os próprios empresários estão muitos atentos, porque não querem o aumento do número de casos”, referindo que os aglomerados se têm verificado “fora dos perímetros dos estabelecimentos”.
“Mas a Polícia está atenta e vai continuar a intervir”, realçou.
Miguel Albuquerque anunciou ainda o reforço da fiscalização no Porto Santo durante o mês de agosto e assegurou que “a hora de encerramento dos estabelecimentos vai manter-se (01:00)” para evitar os “excessos recorrentes” naquela ilha, que acolhe milhares de visitantes no verão.
Segundo os últimos dados divulgados na segunda-feira pela Direção Regional de Saúde, a Madeira registou 28 novos casos de covid-19, dos quais 11 importados e 17 de transmissão local, e 15 recuperados, somando atualmente 193 situações ativas.
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