"A cadeia está perfeitamente identificada e, neste momento, temos a situação sob testagem, sob controlo", disse Miguel Albuquerque, indicando que dois dos sete óbitos por covid-19 registados no arquipélago estão associados a esta situação.

O governante falava à margem da apresentação do livro "História da Madeira. Século XX - O caminho para a Autonomia", de Rui Carita, no Funchal, onde confirmou a informação divulgada hoje pela Antena 1 sobre um surto de covid-19 no Hospital dos Marmeleiros, já com cerca de 20 infetados, entre os quais quatro profissionais de saúde.

"Estamos a seguir a cadeia, mas não há nenhuma transmissão comunitária na Madeira", disse Miguel Albuquerque, reforçando: "Se houvesse uma transmissão comunitária, nós íamos tomar medidas imediatamente."

O presidente do executivo, de coligação PSD/CDS-PP, sublinhou que estão identificadas 40 cadeias de transmissão local ativas e alertou para a possibilidade de o número de infetados aumentar durante o período de Natal e fim de ano.

"Tenho de ser realista: neste momento, é expectável, devido à época que vivemos e às atitudes que são normais desta época, o regresso de estudantes, de emigrantes, a maior convivialidade, que estes surtos aumentem", disse.

E salientou: "Temos de mantê-los sob controlo e é isso que estamos a fazer e, sobretudo, temos de ter muito cuidado com as pessoas mais idosas."

Miguel Albuquerque lembrou que os centros de dia, centros de convívio e centros comunitários na Madeira vão encerrar a partir de sexta-feira por um período de 15 dias e explicou que a mobilidade dos profissionais entre os lares de terceira idade vai ser progressivamente reduzida.

"Não é fácil, porque não temos pessoal suficiente para fazê-lo, mas estamos a iniciar o processo, no sentido de dar maior garantias e maior segurança às pessoas que estão nos lares", vincou.

De acordo com os dados mais recentes, a Região Autónoma da Madeira assinala 321 infeções ativas, registando também sete óbitos associados ao novo coronavírus.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.649.927 mortos resultantes de mais de 74,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 5.815 pessoas dos 358.296 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.