Estes dois primeiros casos foram detetados em La Gomera (ilhas Canárias) em Palma de Maiorca (ilhas Baleares) em 30 de janeiro último, há pouco mais de um mês, e os restantes casos foram notificados a partir de 25 de fevereiro passado, há menos de uma semana.
O número de pessoas infetadas está a aumentar diariamente e, segundo a agência Efe, há pelo menos três pessoas que deram entrada na Unidade de Cuidados Intensivos.
Os casos de infetados “importados”, principalmente do norte da Itália, são 90%, e há outros cuja origem é desconhecida e que preocupam as autoridades, assim como a infeção de vários médicos e pessoal de saúde.
A distribuição de casos pelas 13 comunidade autónomas em que ocorreram até agora, num total de 17 em que a Espanha está dividida, é a seguinte: 32 na Comunidade de Madrid, 15 na de Valência, 15 na Catalunha, 12 na Andaluzia, 10 na Cantábria, 12 no País Basco, sete nas Canárias, seis na Extremadura, três em Castela e Leão, três em Castela-Mancha, dois nas Ilhas Baleares, um em Navarra e um nas Astúrias.
As infeções sem ligação conhecida encontram-se nas comunidades de Madrid, Andaluzia, País Basco, Catalunha e Castela-Mancha.
No fim de semana, foi notificada da infeção uma rapariga de 16 anos em Girona (Catalunha), a paciente mais jovem.
O Ministério da Saúde espanhol continua a manter a situação de alerta no ‘nível 1’, chamado de ‘contenção’, embora não se possa excluir uma mudança de cenário em zonas "muito específicas" das comunidades de Madrid e do País Basco.
Os primeiros casos em Espanha foram registados a 30 de janeiro na ilha de La Gomera (Canárias), quando cinco turistas alemães que tiveram contacto no seu país com um portador do vírus foram isolados, tendo-se um deles tornado no primeiro caso positivo e sido dispensado (curado) 14 dias depois.
Um dia depois, um avião chegou a Madrid com 21 repatriados da cidade chinesa de Wuhan, que deram entrada no hospital militar de Gomez Ulla para cumprir uma quarentena de 14 dias.
Nenhum deles apresentou quaisquer sintomas e tiveram todos alta assim que o período de isolamento terminou.
Em 09 de fevereiro foi confirmado o segundo caso de coronavírus em Espanha: um cidadão britânico foi hospitalizado em Palma de Maiorca (Ilhas Baleares).
Os dois primeiros infetados (La Gomera e Palma), tiveram alta em 14 de fevereiro.
Em 24 de fevereiro último, um médico italiano de férias em Tenerife (Canárias) deu positivo no teste Covid-19, após o qual 723 clientes, de 25 nacionalidades, foram isolados no hotel em que se encontravam.
Em 27 de fevereiro as autoridades autorizaram a saída de 130 clientes do hotel em Tenerife e esta segunda-feira, 02 de março, depois de uma semana de quarentena, está prevista a saída de 200 deles.
Além disso, a 26 de fevereiro, foi detetado o primeiro caso não importado do vírus: um homem de 62 anos que tinha sido hospitalizado em Sevilha e que não tinha saído de Espanha.
A epidemia do coronavírus já obrigou ao cancelamento do Congresso Mundial de telecomunicações Móveis em Barcelona, o maior evento mundial do setor.
Ao longo da semana passada, de 24 a 28 de fevereiro, a bolsa espanhola viveu a sua pior semana da última década provocada pelo medo do vírus, tendo o seu principal indicador, o Ibex 35, registado uma queda acumulada de 11,76% e uma perda de mais de 60 mil milhões de euros em capitalização das empresas cotadas.
O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou pelo menos 2.980 mortos e infetou mais de 87 mil pessoas, de acordo com dados reportados por 60 países.
Das pessoas infetadas, mais de 41 mil recuperaram.
Além de 2.873 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.
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