“A entrada de animais num mercado ou leilão apenas poderá ser efetuada caso os animais tenham sido submetidos a testes de pré-movimentação com validade, atualmente até 60 dias, para a tuberculose e brucelose bovinas”, lê-se numa orientação técnica publicada hoje no ‘site’ da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
No caso de se tratar de uma movimentação de bovinos com menos de um ano, provenientes de “efetivos indemnes ou oficialmente indemnes”, é obrigatório que tenha sido efetuado, pelo menos, um teste de intradermotuberculinização para validar o movimento, enquanto vigorar o estado de emergência perante a pandemia.
Assim, a DGAV notou que a não realização de testes para a viabilização de movimentação implica que os animais sejam unicamente encaminhados para abate em matadouro, sem serem admitidos no mercado ou leilão de gado vivo.
A entrada nestes espaços implica ainda que os animais em causa tenham uma guia de circulação e que sejam levados num veículo “com autorização de transportador”.
À chegada aos mercados e leilões, os animais deverão ser descarregados “de forma disciplinada e sem agitação” e encaminhados para os parques, “sem recuos nas mangas de condução”.
O detentor e/ou transportador tem de acompanhar os animais até ao destino, mantendo o “adequado distanciamento” das outras pessoas presentes no mesmo espaço.
“Tratando-se de um recinto fechado, deve ser promovido um maneio dos animais respeitando o princípio da marcha em frente, mantendo sempre o distanciamento social entre os detentores, tratadores e transportadores”, apontou a DGAV.
Já o número de comerciantes e outros profissionais no recinto deve ser reduzido ao mínimo e de modo disperso.
Relativamente à saída dos animais, “é obrigatória” a existência de uma estação de limpeza e desinfeção de viaturas no espaço em causa.
Nas estações apenas poderão permanecer uma viatura de cada vez, “devendo, sempre que possível, a saída da viatura ser efetuada em local distinto da entrada”.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 54 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 200.000 são considerados curados.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 246 mortes, mais 37 do que na véspera (+17,7%), e 9.886 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 852 em relação a quinta-feira (+9,4%).
Dos infetados, 1.058 estão internados, 245 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 68 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, mantém-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.
Além disso, o Governo declarou no dia 17 de março o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.
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