Várias instituições de ensino superior vão realizar testes aleatórios de despistagem da covid-19 a alunos, professores e pessoal não docente, contou à Lusa Pedro Dominguinhos, presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP).
“Os testes serão sempre voluntários e servirão também para os trabalhos de investigação que estão a ser levados a cabo por várias instituições”, explicou.
No Instituto Politécnico de Setúbal, por exemplo, nas últimas duas semanas cerca de 150 estudantes que iam iniciar os seus estágios clínicos realizaram testes, revelou Pedro Dominguinhos que é também presidente da instituição.
Além de permitir despistar eventuais casos positivos, existem também projetos científicos em curso sobre a covid-19.
Os Institutos politécnicos de Bragança, Viana do Castelo, Porto, Leiria, Castelo Branco e Setúbal, por exemplo, têm um projeto de investigação que vai usar os resultados dos testes, adiantou.
Pedro Dominguinhos sublinhou que as instituições seguem os protocolos em vigor até porque têm laboratórios certificados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e já realizavam este tipo de testes.
A despistagem aleatória é mais uma ferramenta que está a ser posta em prática por algumas instituições para aumentar a segurança da comunidade escolar.
A criação de circuitos de circulação, o uso obrigatório de máscaras, a disponibilização de gel e a desinfeção dos espaços são outras das medidas que as instituições já vinham pondo em prática.
A instalação de equipamentos nas salas para transmitir as aulas em direto foi outra das soluções encontradas uma vez que permite dividir as turmas, tendo metade dos alunos em casa e a outra metade na escola, em regime rotativo.
A maioria dos alunos começa as aulas apenas no início do próximo mês, mas há casos em que o ano letivo já começou.
“Estou muito confiante que vai correr tudo bem. Entre os alunos que já começaram as aulas já houve casos positivos detetados, mas continua tudo a funcionar”, sublinhou Pedro Dominguinhos.
Os cerca de 51 mil caloiros que ficaram colocados nesta 1.º fase do Concurso Nacional de Acesso podem fazer a sua inscrição a partir de hoje, dia em que começam também as candidaturas para a 2.ª fase do concurso.
De acordo com previsões da Direção-Geral do Ensino Superior, este ano deverá haver cerca de 95 mil novos alunos.
O representante dos Institutos Politécnicos saudou hoje o aumento significativo de candidatos e alunos no ensino superior, mais 15% do que no ano passado, garantindo que as instituições estão preparadas para os receber.
Para Pedro Dominguinhos, o “aumento significativo” de alunos mostra que "os jovens e as famílias acreditam que o ensino superior é um investimento importante a longo prazo, apesar dos momentos de incerteza que vivemos em relação ao futuro".
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