Portugal regista esta segunda-feira mais 902 casos de COVID-19 e dois óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde o início da pandemia, morreram 17.086 pessoas com a doença em Portugal e foram identificados 875.449 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 608 casos de recuperação. Ao todo há 826.292 doentes recuperados da doença em território nacional desde março de 2020.

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A região de Lisboa e Vale do Tejo, com 509 novos infetados, é a área do país com mais novas notificações, com 56,4% do total de diagnósticos.

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 7.255 (+1), seguida do Norte com 5.364 óbitos (+1), Centro (3.027, =) e Alentejo (972, =). Pelo menos 365 (=) mortos foram registadas no Algarve.

Há 34 (=) mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira registam-se 69 óbitos (=) associados à doença.

Internamentos sobem

Em todo o território nacional, há 502 doentes internados, mais 25 do que ontem, e 115 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos um do que no domingo.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 32.071 casos ativos da infeção em Portugal — mais 292 que ontem — e 50.051 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 731 que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região Norte é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 345.029 (+203), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (337.737, +509), da região Centro (121.731, +45), do Alentejo (30.903, +18) e do Algarve (24.055, +100).

Nos Açores existem 6.097 casos contabilizados (+17) e na Madeira 9.897 (+10).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência de 158,5 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - superior aos 137,5 casos de há três dias - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,13 - inferior aos 1,14 de sexta-feira.

No território continental, o R(t) está em 1,14. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Quadro resumo dos dados epidemiológicos de hoje
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Faixas etárias mais atingidas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 11.215 (+2) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (3.646, =), entre 60 e 69 anos (1.539, =), entre 50 e 59 anos (471, = ) , 40 e 49 anos (155, = ) e entre 30 e 39 anos (44, = ). Há ainda 12 mortes registadas entre os 20 e os 29 anos (=), duas entre os 10 e os 19 anos (=) e duas entre os 0 e os 9 anos (=)

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 8.969 são do sexo masculino e 8.117 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 145.546 casos, seguida da faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 128.868 casos, e da faixa etária dos 20 aos 29 anos, com 127.382 infeções. Logo depois surge a faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 126.790.

Desde o início da pandemia, houve 398.789 homens infetados e 476.219 mulheres, sendo que se desconhece o género de 441 pessoas.

Vídeo - Como ocorrem as mutações de um vírus e porquê?

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Último balanço mundial da AFP

O novo coronavírus infetou 181.026.780 pessoas em todo o mundo desde que a doença foi identificada em dezembro de 2019 na China, segundo um balanço da agência France-Presse. Daquele total de infetados, 3.925.816 morreram desde o início da pandemia. A grande maioria dos doentes recupera, mas uma parte ainda mal avaliada continua com sintomas durante semanas ou até meses.

Os números da AFP baseiam-se em balanços diários das autoridades de saúde de cada país e excluem as revisões posteriores de determinados organismos estatísticos, que indicam um número muito superior de óbitos.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) calcula, tendo em conta o excesso de mortalidade ligada direta e indiretamente à COVID-19, que o balanço da pandemia poderá ser duas a três vezes superior ao registado oficialmente. Nas últimas 24 horas foram registados 6.743 mortos e 325.186 casos em todo o mundo. Os países com maior número de mortos foram a Índia, com 979 óbitos, o Brasil (739) e a Colômbia (664).

Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 603.967 mortes em 33.625.039 casos, de acordo com a contagem realizada pela Universidade Johns Hopkins. Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 513.474 mortos e 18.420.598 infetados, a Índia com 396.730 mortes (30.279.331 casos), o México com 232.564 óbitos (2.505.792 casos), e o Peru com 191.899 óbitos (2.048.115 infetados).

Entre os países mais atingidos, o Peru é o que apresenta o maior número de mortes em relação à sua população, com 582 mortes por 100.000 habitantes, seguido da Hungria (310), a Bósnia (294), a República Checa (283) e a Macedónia do Norte (263).

A América Latina e as Caraíbas totalizavam hoje, às 10:00 TMG, 1.265.383 mortes em 37.113.803 casos, a Europa, 1.165.834 mortes (54.318.849 casos), os Estados Unidos e Canadá 630.194 mortos (35.038.242 infetados), a Ásia 572.615 mortes (38.858.735 casos), o Médio Oriente 149.573 mortos (9.228.238 casos), a África 141.093 mortes (5.415.399 infetados) e a Oceânia 1.124 mortes (53.523 casos).

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