“Uma das utentes que está positiva está internada na enfermaria ‘covid’ do Hospital José Joaquim Fernandes”, em Beja, disse hoje à agência Lusa fonte da ULSBA, da qual a unidade hospitalar faz parte.

A mesma fonte contactada pela Lusa explicou que 126 pessoas daquela Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI) da cidade de Beja, entre utentes e funcionários, foram testadas à presença do coronavírus SARS-CoV-2.

Deste total, foram detetados 97 casos positivos de covid-19, 14 negativos e 15 inconclusivos, indicou.

No que respeita aos utentes, foram "testadas 89 pessoas", das quais “83 deram positivo, uma delas a que está internada no hospital, uma teve resultado negativo e cinco tiveram resultados inconclusivos e repetem hoje o teste”, adiantou.

No que toca aos funcionários, foram "efetuados testes a 37", tendo "14 deles dado positivo, 13 negativo e 10 sido inconclusivos", pelo que "farão também hoje novo teste”, acrescentou a fonte da ULSBA.

Segundo a ULSBA, igualmente nesta quinta-feira, "uma equipa de Saúde composta por médicos e enfermeiros do Hospital José Joaquim Fernandes e dos Cuidados de Saúde Primários vai deslocar-se ao lar, para avaliar o estado de saúde dos utentes que permanecem na instituição”.

O presidente da Câmara de Beja, Paulo Arsénio, já tinha revelado à Lusa, na quarta-feira à noite, que pelo menos 97 pessoas da Mansão de São José, entre utentes e funcionários, estavam infetadas com o novo coronavírus.

De acordo com o autarca, utentes e funcionários foram testados à presença do SARS-CoV-2 na terça-feira, depois de haver a confirmação de “dois positivos”, uma utente e uma funcionária.

A despistagem foi feita pelo Algarve Biomedical Center (ABC) e, “sensivelmente às 19:30” de quarta-feira, houve a confirmação de mais “95 casos positivos, entre utentes e funcionários”, referiu o autarca, que disse não dispor de informações para especificar quantos eram relativos a utentes ou a funcionários.

Interrogado pela Lusa sobre se a autarquia receia a transposição deste surto para a comunidade, Paulo Arsénio considerou que esta é uma “situação complexa”, mas “terá muito que ver com o número de funcionários infetados”, uma vez que os idosos do lar “estão confinados àquele espaço”, enquanto os funcionários não.

Em Portugal morreram pelo menos 2.117 pessoas dos 91.193 casos de infeção por SARS-CoV-2 confirmados até hoje, de acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde.

Nas últimas 24 horas o país contabilizou 2.072 infeções, o valor diário mais elevado desde o início da pandemia, e sete óbitos.