As autoridades anunciaram na quinta-feira que os centros comerciais vão reabrir na próxima segunda-feira e que a atividade de locais de culto, faculdades e restaurantes regressará em 18 de maio.

O calendário anunciado resulta de um acordo realizado entre os partidos representadas no parlamento que, no entanto, alertaram para os riscos do alívio das restrições.

“Os partidos fazem notar que a reabertura [da economia] deve levar a um aumento do número de infeções e internamentos hospitalares”, afirmou o gabinete do primeiro-ministro, Mette Frederiksen, em comunicado.

A mesma fonte garantiu, no entanto, que as autoridades acompanharão a situação de perto e que as restrições serão retomadas caso haja novo surto da doença da covid-19.

A reabertura de bares, discotecas e salas de concertos não acontecerá antes de agosto, adiantou o mesmo comunicado.

A Dinamarca adotou medidas de restrição para combate à propagação do novo coronavírus em meados de março, mas as proibições foram menos severas e duraram menos tempo do que noutros países da Europa.

Creches e escolas primárias reabriram em 15 de abril, seguidas das pequenas empresas, como cabeleireiros.

As fronteiras, fechadas a estrangeiros desde 14 de março, vão continuar encerradas, mas espera-se que a sua abertura seja marcada para 1 de junho.

Desde o início da epidemia, a Dinamarca registou 10.281 infetados pelo novo coronavírus, dos quais 514 morreram.

O número de contágios é um pouco mais alto do que noutros países nórdicos com uma população comparável, como a Noruega (7.995 casos e 209 mortes) ou a Finlândia (5.673 casos e 255 mortes).

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 267 mil mortos e infetou mais de 3,8 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Cerca de 1,2 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (75.500) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,2 milhões).

Seguem-se o Reino Unido (30.615 mortos, mais de 206 mil casos) Itália (29.958 mortos, perto de 216 mil casos), Espanha (26.070 mortos, mais de 221 mil casos) e França (25.987 mortos, mais de 174 mil casos).