Questionado hoje pela Lusa sobre o tempo médio decorrido entre a realização de um teste para o novo coronavírus e a comunicação do resultado ao utente, o sub-diretor-geral da Saúde disse, na conferência de imprensa diária no Ministério da Saúde, desconhecer o tempo de resposta.
“Não tenho o tempo de resposta. Não tenho esses números para lhe poder responder, mas temos que ter a noção é que existem os testes dos doentes críticos que têm de ser feitos na hora e que há testes que não precisam de ser feitos imediatamente”, afirmou.
Diogo Cruz insistiu, contudo, que a capacidade de testagem no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e nos laboratórios convencionados “tem vindo a aumentar”, dando como exemplo o domingo passado em que foram enviados pelos serviços de saúde 1.068 pessoas para isolamento no domicílio devido à covid-19.
“Não sabíamos a dimensão do problema e vamo-nos adaptando. Percebo que um cidadão a quem tenha sido pedido para fazer um teste não queira esperar 24 ou 48 horas" para o fazer ou saber o resultado.
O secretário de Estado da Saúde aproveitou a conferência de imprensa para atualizar o número de testes ao novo coronavírus, dando conta de que se mantém a capacidade de 11 mil testes diários e que já foram realizados 121.256 desde o início da pandemia, dos quais 53% no setor público.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 345 mortes, mais 34 do que na véspera (+10,9%), e 12.442 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 712 em relação a segunda-feira (+6%).
Dos infetados, 1.180 estão internados, 271 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 184 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril.
Além disso, o Governo declarou no dia 17 de março o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.
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