Na conferência de imprensa no final de uma reunião de ministros da Saúde dos 27, em Bruxelas, a comissária sublinhou que é necessário “vacinar o maior número de cidadãos da UE o mais rapidamente possível”, advertindo que “aglomerados ou bolsas de países ou regiões menos vacinados constituem um risco para a União no seu conjunto”.

Apontando que ainda há seis Estados-Membros “que têm uma taxa global de vacinação inferior a 55%” - Bulgária, Roménia, Eslováquia, Croácia, Polónia e Eslovénia –, a comissária afirmou que os países e regiões com taxas reduzidas de vacinação constituem um campo fértil “para variantes mais graves e transmissíveis”, pelo que “nunca é demais sublinhar a urgência de vacinar”.

“Estamos prontos a apoiar de todas as formas possíveis, inclusive através do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças [ECDC], que já se encontra presente no terreno, fornecendo aconselhamento e apoio em vários Estados-Membros”, disse, recordando que a União Europeia assegurou doses suficientes para que todos os cidadãos da UE possam completar a vacinação.

Kyriakides considerou, por outro lado, que “é encorajador” ver que as campanhas de reforço da vacinação, com a administração de uma terceira dose, estão a correr extremamente bem “em muitos Estados-Membros”, mas recordou a importância de todos os cidadãos continuarem a cumprir as regras sanitárias básicas, “que por esta altura já tão bem conhecem”.

“Todos sabemos que é difícil pedir novamente aos nossos cidadãos, após quase dois anos de pandemia, que continuem a aplicar esta autodisciplina e sigam estas medidas todos os dias. E é particularmente difícil agora, com o aproximar do período de festas de fim do ano, e muitos a quererem reunir-se com amigos e famílias. Mas se quisermos proteger-nos uns aos outros, estas medidas são tão importantes como sempre”, advertiu.

A covid-19 provocou pelo menos 5.261.473 mortes em todo o mundo, entre mais de 265,80 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.572 pessoas e foram contabilizados 1.172.420 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em cerca de 30 países de todos os continentes, incluindo Portugal.