Em declarações à agência Lusa, Margarida Saraiva, investigadora do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), explicou que a iniciativa, que se inicia esta tarde e decorre até 30 de abril, surgiu no contexto da “insegurança” e “desinformação” associada às vacinas desenvolvidas contra a covid-19.
“É importante passar a mensagem de que as vacinas salvam vidas. Precisamos que as pessoas tenham confiança na vacinação, nesta vacina e nas outras todas”, afirmou.
A iniciativa, lançada por um conjunto de cientistas portugueses, coordenados pela investigadora Marta Moita, da Fundação Champalimaud, visa, através do conhecimento científico esclarecer as dúvidas mais prementes do público em geral no contexto da vacinação.
“Pensamos que a partir do nosso conhecimento científico pudéssemos explicar às pessoas que estas vacinas são seguras porque, apesar de serem dias de vacinas, assentam em décadas de ciência”, referiu.
“Conversas com cientistas – Décadas de ciência para dias de investigação” reúne uma série de cientistas portugueses de diferentes especialidades e institutos nacionais que, através de 400 palestras ‘online’ vão explicar as décadas de investigação que permitiram o desenvolvimento destas vacinas.
Além dos cientistas portugueses, a iniciativa conta com vários voluntários, também de diferentes especialidades e de diferentes institutos, que foram treinados para presidir as palestras.
A primeira parte das sessões tem uma apresentação e um vídeo a explicar o desenvolvimento das vacinas e a segunda parte é dedicada a perguntas da audiência.
Segundo a investigadora, a “maioria das sessões” já está esgotada, uma vez que foram marcadas por escolas e outras entidades, sendo que restam “algumas sessões para o público em geral”.
A primeira conversa, que decorre hoje pelas 18:00, conta com mais de 200 participantes inscritos, sendo que as sessões, que decorrem até 30 de abril, têm diferentes horários.
O intuito da iniciativa é “chegar ao maior número e diversidade de pessoas”, assegurou a investigadora.
“Gostaríamos de providenciar uma conversa com base científica mostrando que estas vacinas foram desenvolvidas com base em muita investigação fundamental, que seguiram todos os padrões até chegarem à sua aprovação, que passaram pelas entidades reguladoras e que o benefício que nos trazem é imenso face a qualquer risco associado”, acrescentou.
Destinadas a diferentes públicos, as sessões são gratuitas, no entanto requerem uma inscrição prévia obrigatória que deverá ser feita através do 'site' da Ciência Viva.
A iniciativa tem como parceiros a Ciência Viva, a Sociedade Portuguesa de Imunologia, o Instituto Gulbenkian Ciência, o CEDOC, o Instituto de Medicina Molecular, a Fundação Champalimaud, o i3S, o COLife, o Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica e a Universidade Nova de Lisboa.
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