Ambas as empresas solicitaram à entidade reguladora chinesa, na quarta-feira, a aprovação da vacina, após terem informado que a eficácia é de 79,34%, de acordo com dados provisórios dos ensaios clínicos da fase 3.

Numa conferência de imprensa realizada hoje em Pequim, o número dois entidade reguladora, Chen Shifei, explicou que a instituição concluiu que “os benefícios conhecidos e potenciais desta vacina superam os riscos conhecidos e potenciais” e que cumpre as normas estabelecidas para a aprovação condicional da comercialização.

A condição é que a Sinopharm continue a realizar ensaios clínicos de acordo com os prazos acordados e a enviar os dados recolhidos às autoridades médicas do país para verificação e registo final.

Chen explicou que, de acordo com as leis locais, uma vacina pode ser aprovada condicionalmente quando é “urgentemente necessária para responder a grandes emergências de saúde pública”.

No breve anúncio de quarta-feira sobre os resultados dos testes da fase 3, não foram fornecidos dados como o número de participantes que contraíram o vírus ou relataram efeitos secundários.

Esses dados também não foram divulgados na conferência de imprensa de hoje, tendo sido prometido a sua publicação “mais tarde nas revistas médicas chinesas e de outros países”, segundo responsáveis ligados à produção da vacina e que garantem que os testes foram realizados “com normas que ultrapassam as existentes, incluindo as da OMS [Organização Mundial de Saúde]”.

Várias das candidatas a vacinas desenvolvidas no país foram aprovadas em junho para utilização em casos de emergência, ou seja, em pessoas com elevado risco de infeção.

O diretor adjunto da Comissão Nacional de Saúde, Zeng Yixin, revelou que mais de 1,5 milhões de doses de vacinas foram administradas desde então até novembro.

A 15 de dezembro, a China iniciou uma campanha mais ambiciosa para vacinar grupos de risco, e desde então foram injetadas mais três milhões de doses.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.791.033 mortos resultantes de mais de 81,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.