A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, esteve hoje no Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos, em Lisboa, juntamente com o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, e com a secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, para assistir ao levantamento dos equipamentos, que se encontravam à guarda daquela instituição.
“Estes camiões vêm servir de apoio e reforço aos lares, a todos os profissionais que trabalham em lares e lares residenciais onde vivem pessoas com deficiência”, explicou Ana Mendes Godinho, adiantando que o objetivo é reforçar os lares com equipamentos de proteção individual, que incluem não apenas máscaras cirúrgicas mas também equipamentos totais para lidar com pessoas que tenham testes positivos à covid-19.
De acordo com a governante, “hoje fazem parte desta carga cerca de 700 mil equipamentos de proteção individual”, tendo já havido uma primeira entrega há duas semanas com cerca de 200 mil, sendo o objetivo “chegar a todo o país”.
“Vão ser distribuídos através dos centros distritais de segurança social, que farão a distribuição pelas instituições a nível de cada distrito e isso acontecerá já hoje com este transporte que está acontecer, com os três camiões que vão ser levados pelo país”, adiantou.
Segundo Ana Mendes Godinho, “estão previstas mais duas distribuições que serão feitas em função desta articulação permanente que tem havido com o Infarmed e com o Instituto de Segurança Social e com as associações representativas do setor social”, que identificaram as necessidades nas diferentes instituições.
Na perspetiva da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, “as Forças Armadas têm tido um papel chave neste apoio a toda esta população que está nos lares”, desde as desinfeções de lares até à criação de espaços de retaguarda.
Por seu turno, Jamila Madeira explicou que se trata de material comprado “no âmbito das aquisições que o Ministério da Saúde faz para o Serviço Nacional de Saúde e para os ministérios e Estado que prestam serviços essenciais à operação pandemia covid-19″.
“Todo o material é aqui agregado e depois distribuído pelas diferentes entidades”, explicou.
Segundo a secretária de Estado, no laboratório militar encontram-se ainda concentradas “as doações quando não vêm absolutamente direcionadas para uma entidade”.
“O Serviço Nacional de Saúde é o nosso maior consumidor e a nossa maior preocupação porque são as pessoas que estão na primeira linha de combate, mas o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social é também aquele que lida com o grupo de maior risco, os idosos, e proteger os profissionais dos lares”, justificou.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 165 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 537 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 735 pessoas das 20.863 registadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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