Num vídeo divulgado aos jornalistas no final de mais uma reunião sobre a evolução da pandemia de COVID-19, a porta-voz do CDS-PP indicou que “foram apresentados dados muito importantes quanto à fiabilidade da vacinação, quanto à eficácia da vacinação”.
Cecília Anacoreta Correia lamentou que “o Governo tenha irresponsavelmente criado na última semana a perceção de insegurança das vacinas ao suspender levianamente a vacina da AstraZeneca” e apelou “a todos” que “aproveitem as oportunidades de vacinação”.
“Porque a vacinação é a forma mais eficaz de nos protegermos a todos como comunidade contra esta pandemia” associada ao novo coronavírus, salientou.
O CDS está preocupado também “quanto à forma como o contexto escolar está a ser protegido” na reabertura das escolas.
Segundo Cecília Anacoreta Correia, na reunião do Infarmed “foi apresentada informação sobre a testagem entre o dia 01 e 19 de março”, a última sexta-feira, que “terá ficado abaixo dos 0,1% em contexto escolar”.
As autoridades de saúde preveem também “no final da próxima semana ter apenas 28% dos professores e pessoal auxiliar e educativo vacinado”, indicou a centrista, considerando que esta é “uma forma muito pouco prudente de preparar a fase pré e pós abertura das escolas e, sobretudo, de sossegar as comunidades escolares e as famílias quanto à preparação e planeamento de uma eventual nova vaga da pandemia”.
“Quanto ao plano de testagem, os especialistas veicularam uma ideia já aqui trazida pelo CDS em anteriores reuniões, que é a necessidade de aumentar o número de testes PCR, que são aquele tipo de testes que permite um controlo das novas variantes e estirpes da doença”, afirmou a porta-voz.
Para o CDS-PP, “além desse aumento de testes” é também preciso “reforçar o controlo das fronteiras”.
“Sobretudo porque temos novas variantes que nos chegam de países com os quais temos particulares relações de proximidade, como países africanos e o Brasil, e de onde as estirpes são particularmente perigosas algumas porque escapam à proteção das vacinas existentes”, argumentou a dirigente.
Cecília Anacoreta Correia defendeu ainda que o aumento da vacinação, da prescrição de testes PCR e do controlo das fronteiras “são três planos fundamentais” para “prevenir uma eventual nova vaga e sobretudo preparar o desconfinamento”.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.732.899 mortos no mundo, resultantes de cerca de 123,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.794 pessoas dos 818.212 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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