Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério da Saúde, que informou que o país sul-americano somou 452 óbitos e 23.671 novos casos de infeção nas últimas 24 horas.

Os números de mortes e infeções contabilizados nesta segunda-feira ficaram significativamente abaixo dos registados na semana passada, situação que já é habitual durante e após os finais de semana, devido à redução do número de funcionários que processam os dados dos testes ao novo coronavírus, segundo já explicou o próprio executivo.

No momento, a taxa de incidência da covid-19 no Brasil, um dos mais atingidos no mundo pela pandemia, está fixada em 100 mortes e 4.050 casos por cada 100 mil habitantes

São Paulo (1.628.272), Minas Gerais (646.091), Santa Catarina (543.389) e Bahia (540.320) são os Estados que concentram o maior número de infeções.

Por outro lado, as unidades federativas com mais vítimas mortais são São Paulo (49.987), Rio de Janeiro (27.805), Minas Gerais (13.483) e Ceará (10.223), respetivamente.

No momento em que o Brasil atravessa uma segunda vaga da pandemia, o Governo federal, presidido por Jair Bolsonaro, alargou ontem a vacinação ao território nacional, um dia após São Paulo, o Estado mais rico e populoso do país, ter imunizado a sua primeira profissional de Saúde com a Coronavac.

Um dos Estados que começou a imunização contra a covid-19 foi o Rio de Janeiro, que vacinou duas moradoras numa cerimónia simbólica, no cimo do Cristo Redentor, um dos maiores pontos turísticos e religiosos do país.

A idosa Terezinha da Conceição, de 80 anos, e a técnica de enfermagem Dulcineia da Silva, de 59 anos, receberam as duas primeiras doses da vacina Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e que será produzida no Brasil pelo Instituto Butantan.

“Fiquei muito emocionada (…) Estou muito feliz porque agora posso sair, posso fazer o que quiser. Estou muito bem dentro do abrigo (social), mas tenho vontade de sair”, celebrou Terezinha, citada pela imprensa local, e que ainda necessita de tomar a segunda dose do imunizante.

Estados como Goiás, Santa Catarina e Piauí também começaram a vacinar a sua população contra a covid-19 na tarde de ontem.

A distribuição das vacinas começou a ser feita em várias unidades federativas do Brasil com muitas horas de atraso, devido a problemas de logística e de alteração de horários por parte do Ministério da Saúde.

Em alguns casos, autoridades estaduais já esperavam há largas horas pela chegada das doses no aeroportos, quando foram surpreendidas pelas mudanças.

Dos seis milhões de doses da vacina Sinovac armazenadas em São Paulo, 4.636.936 foram enviadas em aviões militares para as outras 26 unidades federativas do país, sendo que algumas quais iniciaram as suas campanhas de imunização assim que as receberam.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.031.048 mortos resultantes de mais de 94,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.