De acordo com o balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, o aumento no número de mortes nas últimas 24 horas foi de 6,45%, passando de 2.575 mortes na segunda-feira, para 2.741 ontem. Em relação ao número de infetados, o crescimento foi de 6,15%, de 40.581 para 43.079 casos confirmados.
Ainda segundo a tutela, a taxa de letalidade da covid-19 subiu ontem em 6,4%.
São Paulo continua a ser o estado brasileiro que concentra o maior número de casos, totalizando 1.093 mortos e 15.385 casos de infeção, seguindo-se o Rio de Janeiro, com 461 vítimas mortais e 5.306 casos confirmados da covid-19.
No momento, 12 estados já ultrapassaram os mil casos registados da covid-19: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Pará, Pernambuco, Ceará, Bahia, Maranhão e Amazonas.
Regionalmente, o sudeste brasileiro, que engloba São Paulo e Rio de Janeiro, é a região que acumula o maior número de casos, com 23.133 casos de infeção e 1.632 mortes. No lado oposto está o centro-oeste, com 1.656 casos confirmados e 55 óbitos desde a chegada da pandemia ao país, no final de fevereiro.
Segundo dados divulgados pelo executivo na manhã de ontem, até segunda-feira o país sul-americano já tinha registado a recuperação de 22.991 pacientes infetados.
Um dos estados que mais preocupa as autoridades brasileiras é o Amazonas, cujo sistema de saúde já entrou em colapso, devido à sua debilitada rede hospitalar.
Após a prefeitura de Manaus, capital do Amazonas, ter anunciado ontem, na sua página na internet, a instalação de contentores frigoríficos para armazenar os caixões das vítimas mortais de covid-19 que aguardam uma vaga para o sepultamento, as autoridades locais informaram que estão a abrir valas comuns para agilizar os enterros, na zona oeste da cidade.
O Amazonas registou, até ao momento, 193 mortos devido ao novo coronavírus e 2.270 casos de infeção.
O Ministério da Saúde assinou, na segunda-feira, um contrato de aquisição de 3.300 ventiladores da empresa brasileira KTK Indústria e Comércio Ltda. O investimento federal para a aquisição dos equipamentos é de 78 milhões de reais (13,5 milhões de euros).
A tutela informou ainda que ampliou de 23,9 milhões para 46,2 milhões o número de testes para diagnóstico da covid-19 que pretende obter, “seja por compra direta ou por meio de doações”, acrescentou.
Até ao momento, de acordo com o Governo brasileiro, liderado pelo Presidente Jair Bolsonaro, mais de dois milhões de testes rápidos já foram distribuídos aos estados de todo o país. Os testes em causa foram doados pela empresa mineira Vale, para ajudar o Brasil a enfrentar a pandemia.
De acordo com o portal Worldometer, que compila quase em tempo real informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças, de fontes oficiais dos países, de publicações científicas e de órgãos de informação, o Brasil testou, até ao momento, 1.373 pessoas por cada um milhão de habitantes (o Brasil tem 210 milhões de habitantes).
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 174 mil mortos e infetou mais de 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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