
Desde 2024, iniciámos um dos ciclos mais transformadores da história recente da humanidade. A entrada de Plutão em Aquário abre as portas a um novo paradigma coletivo, social, tecnológico e espiritual. Plutão, o planeta da regeneração e da morte simbólica, deixa para trás o último vestígio da sua longa jornada por Capricórnio, onde desmantelou sistemas de poder fossilizados, expondo estruturas obsoletas. Agora, ao atravessar Aquário, convida-nos a reescrever o conceito de liberdade, fraternidade e tecnologia.
É o nascimento de um mundo que privilegia a inteligência coletiva, as redes distribuídas, a força do conhecimento descentralizado, mas que também pode revelar o lado sombrio do controlo tecnológico e da perda de individualidade em nome de um coletivo distorcido.
Em 2025, Saturno e Neptuno ingressam em Carneiro, marcando o verdadeiro início de um novo ciclo histórico. Saturno, senhor do tempo, encontra Neptuno, o planeta que dissolve tudo o que toca, no signo do fogo primordial. Juntos, anunciam o fim de paradigmas antigos de sacrifício, vitimização ou dependência espiritual, para instaurar um tempo onde a espiritualidade se encarna na ação, no impulso e na coragem.
Neptuno em Carneiro inspira novas mitologias, arte e formas de conexão espiritual que resgatam o guerreiro sagrado. Saturno, por sua vez, exige responsabilidade na forma como usamos essa força criativa. O ideal manifesta-se através de ações práticas e pioneiras.
Ao mesmo tempo, Úrano ingressa em Gémeos, acelerando a revolução mental. Úrano, o grande libertador e inovador, abre caminhos para novas descobertas científicas, avanços na comunicação quântica, em redes neuronais, na inteligência artificial e na aprendizagem. Mas também traz instabilidade aos sistemas de ensino e à nossa capacidade de filtrar informação em meio ao excesso de dados e estímulos.
Estes três ingressos planetários anunciam o fim de um tempo linear e a entrada definitiva num paradigma fractal, holográfico e múltiplo. Estamos a testemunhar a dissolução de antigas referências materiais, espirituais e mentais, para que possamos nascer como uma humanidade capaz de integrar tecnologia e alma, ciência e espiritualidade, progresso e ética.
A partir de agora, o futuro não se constrói apenas com eficiência e produtividade, mas com inteligência relacional, empatia radical, novas formas de organização social e a coragem de dizer “sim” ao desconhecido.
Os anos entre 2024 e 2030 serão recordados como o grande portal de transição de eras. E, como todo portal, exigirá de nós desapego, reinvenção e fé no propósito que arde dentro de cada um de nós como uma chama que jamais se apaga, mesmo em meio aos ventos velozes da mudança.
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