“Nós temos tido sempre em conta a evolução de vários indicadores. Não é apenas a matriz de risco”, afirmou Mariana Vieira da Silva na conferência de imprensa, após a reunião do Conselho de Ministros.
De acordo com a governante, a matriz de risco — composta pelos indicadores do índice de transmissibilidade (Rt) do vírus e da taxa de incidência de novos casos de covid-19 por cem mil habitantes a 14 dias — permite “dar um cenário nacional e de um ponto de vista intuitivo e de fácil comunicação”.
Além da análise desta matriz, é “feito sempre um acompanhamento” em relação ao número de internamentos por covid-19, ao número de testes de despiste do vírus SARS-CoV-2 e à sua percentagem de positividade, referiu Mariana Vieira da Silva.
“Estes indicadores são tidos em conta nas decisões que o Governo toma”, assegurou a ministra de Estado e da Presidência, que reconheceu que existem “sinais de um maior número de internamentos na região de Lisboa e Vale do Tejo”, mas ainda “muitíssimo distantes de qualquer situação de pressão” sob os serviços de saúde como a que se verificou no início do ano.
Mariana Vieira da Silva salientou ainda que se verifica um “momento de crescimento [da pandemia], em particular, em algumas regiões”, o que implica que a população continue a adotar medidas de proteção individual e a cumprir as medidas coletivas que estão em vigor.
No Conselho de Ministros de 02 de junho, o Governo decidiu manter a matriz de risco, mas passou a diferenciar os territórios de baixa densidade populacional, em relação aos restantes, que só recuam no desconfinamento se excederem o dobro do limiar de risco atualmente fixado.
Em Portugal, morreram 17.037 pessoas dos 853.632 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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