Os dados fazem parte do último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) sobre a monitorização da situação epidemiológica da covid-19, divulgado este sábado.
De acordo com o documento, houve um aumento do número de internamentos em enfermaria no grupo etário entre os 40 e os 59 anos, e nas unidades de cuidados intensivos acima dos 80 anos, “ainda que abaixo do limiar crítico definido e do valor máximo da última fase epidémica”.
Apesar do aumento de internamentos, o impacto da covid-19 é reduzido, explicando o INSA que há a manutenção de uma mortalidade pelo vírus reduzida, “com tendência estável e correspondente a um valor cinco vezes inferior ao valor máximo observado na última fase epidémica”.
O INSA sublinha que a situação epidemiológica justifica a manutenção da vacinação de reforço, as medidas de proteção individual e “a comunicação frequente destas medidas à população”.
Os últimos dados indicam que a linhagem BA.5 da variante Omicron da covid-19 era dominante.
Segundo o documento, a 14 de novembro a incidência cumulativa a sete dias foi de 63 casos por 100.000 habitantes, verificando-se um aumento dessa incidência em todas as regiões de saúde e em todos os grupos etários em relação à semana anterior, sendo esse aumento mais significativo nas regiões autónomas.
Quanto ao índice de transmissibilidade (Rt) do vírus que provoca a covid-19 foi de 1,03 a nível nacional, uma subida em relação aos 0,97 da semana anterior.
O relatório do INSA avança que o Rt, indicador que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de cada pessoa portadora do vírus, no período entre 07 e 11 de novembro, era igual ou superior a 01, “indicando uma tendência crescente de novos casos”. Comparando com o relatório anterior, o Rt subiu em todas as regiões de saúde menos no Algarve.
Em 14 de novembro estavam internadas 570 pessoas com covid-19 (sem variação em relação à semana anterior) e na mesma data estavam 42 pessoas em Unidades de Cuidados Intensivos.
No mesmo dia, indica ainda o documento do INSA, a mortalidade por covid-19 era de 9,3 óbitos a 14 dias por milhão de habitantes, apresentando uma estabilização. Este valor é inferior ao limiar de 20 óbitos em 14 dias por milhão de habitantes, definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças.
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