Os quatro novos casos de infeção são de dois enfermeiros, um assistente operacional e um técnico superior de diagnóstico e terapêutica, precisa a ULSBA na atualização da informação relativa ao surto hoje divulgada no seu sítio de Internet.
Com a confirmação de mais quatro casos, aumentou de 20 para 24 o número total de infetados no segundo surto no hospital, entre os quais há 18 profissionais de saúde, nomeadamente 10 enfermeiros, sete assistentes operacionais e um técnico, todos em isolamento em casa, e seis doentes.
A Unidade de Saúde Pública da ULSBA determinou a colocação de 79 profissionais de saúde do hospital em vigilância ativa com isolamento profilático, entre os quais 45 enfermeiros, 24 assistentes operacionais, oito médicos, um técnico superior de diagnóstico e terapêutica e um assistente técnico.
Devido ao número de profissionais de saúde ausentes por estarem infetados ou em vigilância ativa com isolamento profilático, os serviços afetados adaptaram os respetivos modos de funcionamento, "não se tendo procedido ao encerramento de qualquer serviço ou camas de internamento".
No entanto, a Unidade de Endoscopia Digestiva fechou na passada sexta-feira para uma ação de desinfeção e reabriu na segunda-feira e as cirurgias programadas, que tinham sido suspensas, "estão a ser gradualmente retomadas", refere a ULSBA.
Segundo explicou à Lusa a presidente da ULSBA, Conceição Margalha, o segundo surto no hospital de Beja, que foi divulgado na passada quinta-feira, teve origem numa doente infetada que entrou no Serviço de Urgência Geral com uma patologia abdominal e depois teve indicação para cirurgia.
Por não ter sintomas compatíveis com covid-19 e, por isso, não ser um caso suspeito, a doente, antes de ser internada, ficou no Serviço de Urgência Geral, onde fez um teste de despiste da presença do vírus que provoca aquela doença e que deu resultado positivo.
Até ser conhecido o resultado do teste, o que demorou 24 horas, a doente infetou dois utentes que estavam ao lado dela no Serviço de Urgência Geral, os quais, por sua vez, e já internados num piso do hospital, infetaram outros três doentes, explicou a presidente da ULSBA.
Após a deteção da infeção na doente, foram feitos testes a outros doentes e a profissionais de saúde, o que permitiu detetar os restantes casos de infeção já confirmados.
O processo de monitorização diária do segundo surto no hospital de Beja envolve a Unidade de Saúde Pública, o Serviço de Saúde Ocupacional e o Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos da ULSBA.
Para garantir a segurança de todos e a manutenção da confiança institucional e cumprindo as orientações da Direção-Geral da Saúde, a ULSBA reforça "a importância do distanciamento físico, da higienização das mãos e do uso de máscara de proteção".
O primeiro surto no hospital de Beja, que foi identificado em 24 de setembro e considerado ultrapassado em 21 de outubro, infetou 36 profissionais de saúde, todos já recuperados e a trabalhar.
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